Museu Municipal Edward Coruripe Costa está com a exposição de fotos antigas da cidade
Leidiane Sabino
leidiane@acidadevotuporanga.com.br
Uma simples visita ao Museu Municipal Edward Coruripe Costa é uma viagem pela história de Votuporanga. Ligada à Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Turismo, a unidade fica na responsabilidade de Evandro Ferreira, que, além de montar as exposições, orienta todos os visitantes.
“O passeio é orientado de acordo com a faixa etária de quem nos procura. Explicamos a importância do museu e para que ele serve”, contou Evandro.
O espaço tem uma sala de vídeo, geralmente usada por grupos e escolas. Assim que chegam até lá, todos recebem orientações sobre o funcionamento do local e ainda aprendem um pouco sobre o município. Um trabalho educativo, para mostrar a história e tradições da cidade.
Além disso, é exibido um vídeo mostrando o tempo do café, do algodão e o início do comércio da cidade.
Há salas do museu com fotos de momentos históricos, doadas pelas famílias dos fundadores da cidade.
Uma exposição de fotografias de cana-de-açúcar ficou por seis meses no museu, agora, foi substituída por uma de fotos antigas, que mostram desde a fundação da cidade, a chegada da ferrovia e construção da Praça da Matriz. Há também um acervo político com móveis de quando João Gonçalves Leite governou Votuporanga, em 1945.
Telefones antigos, rádios, tudo sobre a evolução tecnológica. Além das fotos dos fundadores de Votuporanga, tudo isso, você vê no museu, que funciona de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 17h, na avenida Conde Francisco Matarazzo, 1.793, Palmeiras I. Outros horários podem ser agendados antecipadamente.
“Que a população venha nos visitar e conhecer o nosso trabalho. Todo arquivo fotográfico é digitalizado e pode ser utilizado para pesquisas”, comentou Evandro.
Edward Coruripe Costa
Patrono do Museu Municipal de Votuporanga
Costa Junior ou Costinha, como era carinhosamente chamado, nasceu na cidade de Maceió, no Estado de Alagoas, no dia 30 de abril de 1.921. Chegou por aqui jovem. Inicialmente prestou seus serviços à Sanbra (Sociedade Algodoeira do Nordeste Brasileiro), empresa que processava algodão na cidade de Santos, algum tempo depois foi transferido para Monte Aprazível, onde residiu sete meses. Novamente é transferido de volta à cidade das Brisas Suaves. Abandona a empresa que trabalhava para atuar como secretário da Prefeitura do município. Foi diretor da antiga rádio Piratininga no município, trabalhou em São Paulo, na Marítima Corretora de Seguros, e retornou à Prefeitura de Votuporanga atendendo convite, para exercer o cargo de secretário da recém-criada Faculdade de Ciências e Letras (Facle). O trabalho esteve em primeiro lugar, e começa uma nova atividade como correspondente da Folha de São Paulo, da Gazeta Esportiva, do O Dia e Correio Paulistano. Como escritor, publicou seu primeiro livro, “Votuporanga através dos tempos”, na verdade, uma coletânea de artigos e jornais sobre a cidade. Em seguida, publica “Votuporanga, um milagre paulista” e completa a trajetória em 1991, com “Passaporte para eternidade”. Foi casado com Angelina Cabassa Costa com quem teve quatro filhos. Faleceu em 20 de janeiro de 1994, com 72 anos de idade.