As estatísticas e estudos em torno do tabagismo ainda são alarmantes: a Organização Mundial de Saúde (OMS) pontua que 6 milhões de pessoas morrem por ano, no planeta, devido ao uso de cigarro. Mantida a escalada atual, o número de mortes pelo consumo de tabaco deve saltar para 8 milhões de pessoas por ano, em 2030.
As esperanças de redução destas tristes estimativas estão nas estratégias adotadas recentemente pelas nações engajadas no combate ao fumo. No relatório “Epidemia Global do Tabaco”, por sinal, o Brasil é citado como um dos países que mais aplicaram medidas para combater o uso do cigarro. Nesse sentido, a ação do governo federal, com apoio de vários Estados e municípios, foi fundamental para conter a escalada fatal do fumo.
A eficiência das ações contra o cigarro depende, e muito, de uma legislação eficaz e de campanhas adotadas nas cidades, de maneira clara e constante. O relatório da OMS revela que São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador e Fortaleza estão entre as 100 cidades do mundo que atingiram os maiores níveis de sucesso para controlar o uso do fumo.
Na comparação entre 191 países pesquisados pela OMS, 24 adotaram leis que proíbem completamente o uso de tabaco e derivados. Outros 100 têm leis que impedem ou restringem o fumo de alguma forma. Mas, infelizmente, 67 nações simplesmente não aplicaram qualquer proibição ao cigarro ou restrições à publicidade que incentiva o uso.
É preciso destacar que mais de 10% dos óbitos consequentes do uso do cigarro se referem aos chamados não-fumantes ou fumantes passivos, que morrem por respirar a fumaça exalada por dependentes do tabaco. Em um município como São Paulo, cabe lembrar, são descartadas nas ruas, a cada dia, 34 milhões de bitucas, o equivalente a 1,7 milhão de maços de cigarros.
Sem dúvida, além da legislação e dos alertas de doenças nas embalagens dos produtos, é fundamental campanhas de conscientização para que avancemos na proteção ao cidadão e melhoria da qualidade de vida das pessoas.