Em nossa vida, aquela que consideramos ter consciência sobre nossos atos e não tem início com o mesmo sentido que a legislação nos julga (a maioridade penal), tivemos a oportunidade de conhecer alguns profissionais, parte deles professores, a maior porcentagem, que sempre propugnaram pelas atitudes éticas. É importante mencionar que, em nenhuma das falas daqueles nossos “ensinantes”, ouvimos dizerem que as atitudes deveriam ser tomadas com a máxima ética. Por uma razão muito simples, também, não existe gradação do comportamento ético, somos ou não somos éticos, não existe meia ética.
Houve, entre os meus incentivadores, um outro que afirmava com frequência que “o que não pode ser para todos não pode ser para apenas um”. Esta referência sempre era utilizada quando um ser humano buscava atender, individualmente, seus desejos de superação ou de desrespeito a uma determinação legal que o afastava de uma benesse que se julgava altamente merecedor.
Um outro símbolo das ações humanas nas instituições foi a que nos demonstrou a necessidade da orientação atitudinal a todos os cidadãos e cidadãs em termo de sua intervenção na sociedade, por muito deteriorada, e assim continua. “As normas, regulamentos e leis são um conjunto de itens, amplamente discutidos, minuciosamente elaborados, o uso escorreito da língua portuguesa para, um número pequeno de pessoas conhecerem, um menor contingente para cumprir e, ninguém para fazer cumprir”.
Hoje, refletindo sobre estes ensinamentos, olho para o nosso momento vivido e percebo que estamos muito distantes desta necessidade de compreensão de nossas responsabilidades em nossas comunidades.
Não é por acaso que os países com maiores dificuldades para acompanharem a aplicação das vacinas em suas populações são, também, vítimas das variantes do COVID-19.
Não é, também por acaso, que temos a insatisfação como nossos “líderes” que atuam na escuridão da legislação oculta para garantir benesses que não serão para todos.
E ouvimos gestores da coisa pública afirmarem que irão averiguar as falcatruas em todas as esferas de governos com o máximo rigor e ética.
Realmente, meus mestres, que já nos deixaram, estariam extremamente revoltados com o estado da coisa pública em nosso sofrido país.
Por fim, o silêncio dos culpados nos apavora ainda mais.]