Estamos chegando ao final de mais um ano que foi muito complexo, repleto de limitações, perdas irreparáveis em praticamente todos os lares brasileiros e mundiais, carregado de desesperança, ódio e, infelizmente, reforçador do negacionismo em diferentes níveis de nossa sociedade.
Nós, como brasileiros afetuosos e cooperativos, não nos negamos ao encontro, ainda que virtual, com seres humanos que enfrentam dificuldades muito maiores do que a nossa individualmente presente.
Uma grande parte do povo brasileiro, ainda que massacrada pelas incoerências de nossos gestores da coisa pública, segue batalhando pelo bem comum e a superação de todas as mazelas vividas, praticamente por dois sucessivos anos.
O Covid-19 nos trouxe muita dor, sofrimento e desalento. Mas, nos trouxe, também, inúmeras formas de olhar o mundo, a humanidade, o nosso entorno para além, muito além, das paredes de nosso isolamento social. Encontramos formas afetuosas de nos relacionar com os distantes, embora muito próximos. Fizemos, intensamente, orações em prol de muitas e muitas pessoas, algumas que sequer conhecemos, na esperança de que resistiriam ao grande mal e continuassem em nosso convívio. Mas, muitos se foram deixando tristeza enorme nos corações de seus amores.
Nos cabe, enquanto resistentes às intempéries em nossa sociedade, prosseguir o caminho, o árduo trilhar da rota que deve ser precisa para nossa sobrevivência esperançosa.
Esperançar, verbo a ser conjugado sempre. Que tenhamos forças para permanecermos em busca das melhores condições de vida para todos e todas. Lembrando do Ubuntu, “eu sou porque somos”.
Felicidades em todos os lares.