Em um diálogo com um grande amigo, também professor de Educação Física, discutimos as questões inerentes à ausência da produção e socialização do conhecimento através da linguagem escrita presente entre os professores do componente curricular Educação Física. As histórias que trocamos, afinal temos quase meio século de múltiplas experiências vividas e convividas, tanto com nossos alunos (crianças e adolescentes) quanto com colegas de profissão, são as mais diversas e que refletem, em nossa modesta opinião, o descaso com a educação básica nacional especialmente quanto ao zelo, atenção e exigências da comunicação escrita com o uso escorreito de nossa língua.
Francisco Finardi é mais um dos professores que se dedicam à Educação Básica Nacional que insiste (aqui cabe esclarecer que o faz de forma construtiva) em provocar colegas na direção de se tornarem Professores Leitores e Escritores (como a proposta do professor Edson de Jesus Manuel, Editora CRV).
O desafio à apresentação de ideias para a crítica da comunidade a quem se tem acesso e mediação do conhecimento foi uma constatação em nosso diálogo acompanhada da premissa da necessidade de “apadrinhamento” por outros profissionais que já conquistaram superar as limitações naturais da escrita e socialização de saberes.
Há que se provocar pessoas nesta direção, a de escreverem com frequência e regularidade que lhes permita desenvolver as habilidades desta atitude responsável com o desenvolvimento dos saberes. Houve um tempo em que um conhecido professor nos disse que não apresentava aos seus alunos e orientandos todo o seu conhecimento com a preocupação de ser superado por seus orientados.
Este tempo, felizmente, já se foi e temos a oportunidade, construída pelas redes sociais, de trocarmos conhecimentos a todo o tempo, diria a cada minuto de nossas vidas.
Agradeço ao Fabio Figueiredo a oportunidade que nos ofereceu para, semanalmente, me dedicar a produzir textos que me fazem meditar e utilizar de meus encontros com amigos para propor novos textos, como este que faço hoje.
Escrever deveria ser um comportamento diário em todos os níveis de ensino e com temas os mais diversos de forma a ampliar nosso universo de conhecimentos. Portanto, agradeço ao Fábio, ao Finardi e ao Edson que me propiciaram esta nova provocação. Sejamos nós, sempre, leitores e escritores.