Grazi Cavenaghi (Foto: Divulgação)
Olá, querido leitor! Que alegria poder receber você aqui todo sábado! Seja mais uma vez bem-vindo. Chegamos a dezembro e com ele “loucura”do fim do ano, logo, escolhi hoje trazer uma reflexão sobre nossas “explosões”.
Quantas vezes você explodiu?
Perdeu a paciência? Gritou? Perdeu a razão?
Ficou com raiva de alguém? Irado? Reagiu com medo?
Como não agir assim? É sempre um treino diário, pois, assim como eu, muitos de nós não foram educados para o equilíbrio, para responder à vida e não reagir a ela! Não nos foi ensinado nas escolas e nas casas, o famoso “conhecer a si mesmo”. Muitas coisas nos foram impostas e aceitamos como verdades, sem reflexão e sem pensar se isso vem de encontro à pessoa que somos, com a nossa essência. Não paramos para pensar quais são nossas fortalezas e nossas fraquezas, quais são os nossos famosos “pontos fracos”, nossos “gatilhos” que, acionados, podem causar estragos gigantescos. É preciso um enorme autoconhecimento para isso.
É necessário treinar a cada dia, nascer a cada dia!
Como nos lembra sempre o filósofo Mario Sérgio Cortella: “Não nascemos prontos (...) é absurdo acreditar na idéia de que uma pessoa, quanto mais vive, mais velha fica; para que alguém quanto mais vivesse, mais velho ficasse, teria de ter nascido pronto e ir se gastando...
Isso não ocorre com gente, mas com fogão, sapato, geladeira. Gente não nasce pronta e vai se gastando; gente nasce não-pronta e vai se fazendo.”
Assim como ele sempre fala, somos agora a nossa versão 2021/2022 revisada e ampliada, somos a nossa melhor versão diária, ou a melhor versão “horária”, a melhor versão do agora. A cada hora aprendemos, ou pelo amor, ou pela dor, com as nossas escolhas. O importante é persistir para vivermos da forma mais leve e amorosa possível.
Passamos a vida tentando, desenfreadamente, nos preparar: é escola, faculdade, pós-graduação, mestrado, doutorado… E em qual momento nos preparamos para as habilidades que não são técnicas? Que hora paramos para olhar para nossas habilidades humanas? Para o ser humano incrível que somos?
Na autoescola nos preparamos para dirigir o nosso automóvel, mas onde nos preparamos para sermos o piloto da nossa vida? Em que momentos nos preparamos para assumir nosso lugar de potência no mundo?
Monja Coen, no seu livro “A Sabedoria da Transformação: Reflexões e experiências” diz que precisamos desenvolver a “autoconfiança e a capacidade de responder rapidamente às solicitações que surgem no nosso dia a dia, sem fazer disso um drama, uma luta, uma vitória, sem ficar com mágoa e aborrecimento, com mais alegria e leveza ao viver”. Diz que precisamos ter respostas lúdicas. Ela conta a história de uma moça que resolveu surpreender o namorado. Chegou no seu apartamento com queijos e uma garrafa de vinho que ele gostava.E que surpresa ela teve! Ele dormia com uma de suas amigas na cama que eles tinham comprado! A moça apenas pegou alguns ovos, bateu,colocou nos sapatos deles e partiu em silêncio, mesmo enfurecida, sorrindo com a surpresa que teriam. A monja afirma que respostas divertidas como essa tem um grande poder de verdade. O que o namorado e a amiga fizeram para a moça era inesperado, pegajoso e desagradável, como os ovos no sapato. Qual a mensagem de Coen? Que é preciso responder de forma lúdica o que a vida nos dá, e não reagir, “Ações verdadeiras e puras podem transformar o mundo”. Que “isso não significa aceitar a impunidade, é apenas não ódio, não vingança, mais ação correta que leve à reflexão e correção dos erros”.
E como nosso foco é progredir, vamos juntos?
Quando a vida trouxer algo que lhe desequilibre, tente respirar, traga à mente de forma clara o sentimento, tente entender o porquê, traga a compreensão, e pense: como devo responder? O que tem de certo sobre isso?
Treine a cada situação que surgir, nasça quantas vezes for necessário, seja sua melhor versão de agora, pois queremos um eu melhor, as pessoas à nossa volta melhores, um Mundo Melhor.
Vamos juntos?
Porque juntos somos +