Grazi Cavenaghi (Foto: Divulgação)
Caro leitor, é um prazer poder encontrá-lo aqui mais uma vez. Continuamos a nossa jornada de troca, com o objetivo de seguirmos mais conscientes, mais humanos e comprometidos com nosso propósito.
O que falar de tudo isso que está acontecendo? Eu sempre procuro focar minha atenção no que está certo, nas boas notícias e no fazer o que precisa ser feito com o que tenho em mãos. Porém, com os fatos ocorridos, somos todos afetados. O que ocorre com um, sentimos todos.
O convite de hoje é a reflexão: será que nossas atitudes são coerentes com o que queremos viver na família, no trabalho e na vida?
Que bom seria se pudéssemos ser a mudança que esperamos. Uma vez, enquanto estava professora de Matemática, a fala de um aluno me tocou muito. Sempre procurei trazer a importância da autonomia e da participação congruente de todos, e em uma aula, onde a sala precisava tomar uma decisão, o aluno virou e disse: decide a senhora, sempre tem que ter um martelo para bater no prego, somos pregos! Puxa! Eu não acreditei! Como assim?
Pregos e martelos? Que ideia é essa? Somos todos iguais e precisamos nos unir por um mundo melhor. Somos todos grandes! Cada um na sua grandeza de ser!
Nos vermos como mais ou menos é o que acaba com nosso processo de evolução humana.
Gosto de um texto de Bert Hellinger sobre isso, vou compartilhar um trecho com você:
“Grande é apenas aquele que se sente igual aos outros, pois a maior grandeza que possuímos é aquilo que compartilhamos com todos os seres humanos. Quem sente essa grandeza dentro de si e a reconhece se sabe grande e, ao mesmo tempo, conectado a todos os outros seres humanos. (…) Ele ama os outros na grandeza destes e é amado por eles devido à sua própria grandeza. Por isso, essa grandeza une todos os seres humanos com humildade e amor.
Quem se exalta sobre outros perde a ligação com estes. Ele se retrai deles, e eles por sua vez se retraem. Por isso essa presunção causa solidão e desconfiança.(…)
Porém, aquela pessoa que se diminui e se coloca por baixo dos outros, ela também perde a conexão. Os outros percebem a exigência deste tipo de humildade e a recusa em fazer aquilo que é adequado para a grandeza humana. “
Eu acredito no bem, no amor, por isso amo o meu trabalho com as habilidades humanas, ele me faz acreditar todos os dias que podemos ser melhores, que podemos mudar o nosso futuro. Vejo pessoas mudando a saúde, os relacionamentos, o seu resultado no trabalho, quando elas entendem o seu potencial, quando percebem que podem fazer novas escolhas, que tudo está em suas mãos.
Porém, para a mudança ocorrer, é necessário a escolha ao mergulhar nas sombras, nas dores, e também nas luzes e alegrias. É a escolha com responsabilidade. Uso sempre uma frase: “não somos culpados de nada, mas somos responsáveis por tudo”.
O mundo precisa de pessoas que sonhem, que participem, que corram atrás do que querem, que lutem, que se achem capazes de agir, de opinar, que estudem para isso, que se preparem para isso. Que tenham a coragem de deixar o ciclo vicioso de reclamação e vitimização, para entrarem no ciclo virtuoso de auto responsabilidade e ação para o bem comum. Pessoas no seu lugar de grandeza.
O foco precisa estar no todo, no para todos, no para além do nosso tempo. No livro do Foco, do Ph. D Daniel Goleman, temos os questionamentos sugeridos por Dalai Lama, que podem nos ajudar a tomarmos pequenas decisões com esse olhar mais abrangente. Ele sugere que façamos três auto-questionamentos:
1. É apenas para mim, ou para outros?
2. É para benefício de poucos, ou de muitos?
3. É para agora, ou para o futuro?
É preciso começar com pequenas mudanças de atitude em nós, para vermos uma melhora. Como estamos agindo?
Vamos pensar somente quando estamos no trânsito:
- Esperamos as pessoas passarem?
- Estacionamos em lugar de idosos e deficientes? Afinal, é rapidinho!
- Buzinamos para o carro da frente que procura um lugar ou parece perdido?
Será que você respondeu sim a algum desses questionamentos? Seria possível repensar essas atitudes? Quem consegue ver sua grandeza, vê a do outro, e faz a sua parte.
E como nosso foco é progredir, vamos juntos?
O que você pode fazer essa semana por você, por seus relacionamentos, por seu trabalho?
Sorrir? Parar de reclamar? Fazer uma boa ação? Dirigir dentro das regras?
Quem sabe por onde começar é você. Ative o seu melhor, lembre-se que tudo começa em você e termina em você. Lembre-se: somos grandes, somos um!
Coloque-se no seu lugar de grandeza, pois queremos o eu melhor, as pessoas à nossa volta melhores, um Mundo Melhor.
Vamos juntos?
Porque juntos somos +