Graziele Delgado e Evandro Valereto (Foto: Arquivo Pessoal/ A Cidade)
Muito bom dia querido leitor! Tudo bem com você? Bom, já não é novidade que a popular caderneta de poupança não rende mais como antes e que esse não é mais o melhor lugar para deixar seu dinheiro guardado. Todavia, o Banco Mundial anunciou na sexta-feira da última semana que a captação do mês de julho foi de R$28,1 Bilhões. Isso nos faz questionar se as pessoas realmente já entenderam que esse NÃO é um bom lugar para guardar dinheiro OU se elas continuam fazendo esse tipo de operação por falta de conhecimento das opções. Caso você seja uma dessas pessoas, esse artigo vai te ajudar a sair dessa cilada.
Para falar desse assunto, precisamos fazer um pouco de contas. Não se preocupe, são cálculos simples: a taxa Selic hoje está a 2% (a mais baixa da história do Brasil) e a poupança rende cerca de 70% da Selic mais a taxa referencial (que é zero), ou seja, um rendimento anual de 1,4%, aproximadamente. Para facilitar seu entendimento, vamos colocar isso em números: se você tivesse depositado R$10 mil em uma caderneta de poupança, isso significa que, daqui a um ano, você teria acumulado o equivalente a R$ 10.140,00. Ou seja, R$140,00 em rendimentos. Estaria tudo bem se a conta fosse apenas essa.
Acontece que precisamos descontar desse montante a inflação do último ano: uma medida econômica importante que impacta seus rendimentos e pode fazer fracassar seus planos de investimento a longo prazo, se não for considerada. A inflação nos últimos 12 meses, segundo o BC, foi de 2,3%, aproximadamente. Lembra dos seus R$ 10 mil depositados na poupança? Na prática, para que você não tivesse nenhuma perda no poder de compra, seu montante na poupança deveria ser de R$ 10.230. Isso significa que você perdeu R$ 90,00.
É por essa razão que a poupança, atualmente, é perda certa: seu poder de compra, com o passar do tempo, é mastigado pela inflação e te faz perder cada vez mais. Isso sem contar que o banco usa seu dinheiro para financiar suas próprias operações e lucrar com ele, tornando o “bonxibomxibombombom” uma realidade: “onde o rico, cada vez fica mais rico; e o pobre, cada vez fica mais pobre”. E uma das diferenças para isso acontecer é que os ricos aprenderam a multiplicar de forma mais eficiente, enquanto você deixa o seu dinheiro na poupança.
“Então aonde devo deixar meu suado dinheirinho?”. Isso vai depender dos seus objetivos e do quanto você precisa do dinheiro: se for uma reserva de emergência em que você precisa sacar a qualquer momento, você deve procurar por aplicações que ofereçam o rendimento diário de 100% do CDI. Os bancos digitais como Inter ou Nubank e até mesmo algumas contas selecionadas de bancos tradicionais já oferecem essas aplicações com a mesma facilidade da poupança: pelo próprio aplicativo do banco ou pela internet você deposita ou resgata seu dinheiro, sem perdas. O mais importante nesse caso é que tenha alta liquidez (saque imediato) e rendimento de 100% do CDI (você deve procurar por essas informações com o seu banco).
Se você já tem reservas financeiras e não precisará do dinheiro pelos próximos anos, pode deixá-lo em uma aplicação conservadora com pouca liquidez (com data estipulada para o saque). Existem algumas opções interessantes no mercado, como Letras de Crédito (conhecidas como LC, LCI ou LCA), que estão pagando cerca de 127% do CDI, etc. Nesse caso, elas têm vencimento mais longo (a partir de 2023) e são uma opção para multiplicar seu dinheiro em um cenário de taxa de juros baixos, como o atual.
Aprender a investir e multiplicar o seu dinheiro com eficiência dá trabalho e precisa de muito estudo. Esperamos que esse seja apenas um começo para que sua vida financeira seja mais próspera e mais equilibrada. E não se esqueça: ganância, medo e impaciência apenas geram prejuízo (Thiago Nigro).