Graziele Delgado e Evandro Valereto (Foto: Arquivo Pessoal/ A Cidade)
Olá, querido leitor! Tudo bem com você? Você, certamente, já ouviu a frase “dinheiro não traz felicidade” e, talvez, tenha concordado ou não com isso. Fato é que existem algumas coisas que podem ser compradas e outras não, e o principal poder do dinheiro é a compra do tempo. Por isso, dinheiro traz felicidade sim e vamos falar sobre isso.
Precisamos entender que não é o fato de ter dinheiro que traz a sensação tão almejada de felicidade: o que impacta mesmo é a sensação que as pessoas tem de ser donas da própria vida e das próprias escolhas. E, quando falamos de mandar na própria vida, estamos querendo dizer: fazer o que você quer, na hora que você quer, com quem você quer. É essa sensação de liberdade que desperta a felicidade em nós e, nisso sim, o dinheiro tem papel significativo.
Para entender essa relação entre dinheiro e felicidade, primeiro precisamos falar do contexto em que vivemos: somos a geração mais rica da história da humanidade, em termos de acesso, mas também somos a mais infeliz. Pense como funcionava na época dos nossos avós: a maioria do trabalho era manual, de modo que os instrumentos de trabalho das pessoas eram deixados na fábrica assim que terminava o expediente. Quando estavam em casa, as pessoas não precisavam pensar no trabalho: podiam apenas descansar. Prova disso são os filmes de época, em que vemos a mesa cheia e os pais/avós tocando instrumentos em uma roda no quintal. Hoje, nosso principal instrumento de trabalho é a cabeça – a maioria das profissões trabalham com decisões o tempo todo. Isso significa que não descansamos mais e, por isso, temos essa sensação de esgotamento. E esse estresse todo leva à sensação de infelicidade.
Além disso, quanto de liberdade você tem? Você pode se dar ao luxo de faltar do trabalho caso fique doente (ou precise levar seus filhos ao médico), sem sofrer nenhuma perda financeira? Se você for demitido, você tem algum grau de escolha para o próximo emprego, ou preciso pegar o primeiro que aparecer para pagar os boletos do mês? Quantos “nãos” você pode dizer para clientes difíceis ou eventos que você não gostaria realmente de ir? Quanta liberdade você tem de organizar as tarefas do seu dia, ou fazer um ajuste nos seus horários de trabalho? Pois é: quando falamos de liberdade, estamos falando desses detalhes, e não sobre ter um jatinho particular ou carros importados.
Acredite: seu verdadeiro desejo não é sobre morar em uma casa maior, ter um carro mais caro ou ostentar bens por aí – seu verdadeiro desejo é sobre ser dono do seu próprio tempo e das suas decisões, o resto é acessório. E para conseguir isso, você não precisa ser milionário: basta ter organização financeira. A maioria das pessoas que ganha muito dinheiro não consegue, de fato, conquistar sua liberdade. Muitas delas vão morrer trabalhando para sustentar seu padrão de vida, porque não criou nenhum mecanismo de renda passiva ou de liberdade do trabalho. Organização financeira e investimentos é sobre isso: construir sua segurança e sua liberdade.
E, financeiramente falando, quem vai sustentar sua liberdade é um orçamento bem organizado – que vai permitir viver experiências e momentos incríveis -, uma boa reserva de emergência e uma carteira de investimentos minimamente montada para realizar sonhos mais caros e te gerar renda passiva. Não é sobre ser um milionário: é sobre ser organizado. E ninguém precisa ser economista ou expert em finanças pra isso.