Graziele Delgado e Evandro Valereto (Foto: Arquivo Pessoal/ A Cidade)
Bom dia, caro leitor! Como vai você? Pandemia, ano de eleição e o acontecimento mais recente: a guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Os brasileiros dificilmente precisam temer bombas ou um conflito armado: nossa principal preocupação precisa ser com o bolso! Vivemos em um mundo globalizado, em que as economias estão interligadas e são dependentes umas das outras em termos de recursos e produção. A Ucrânia, por exemplo, é um dos maiores produtores de gás natural, enquanto a Rússia tem presença significativa na distribuição de petróleo. Na prática – como já estamos percebendo – isso significa aumento de preços. Como lidar com isso?
Estamos em crise! (de novo?). Bom, talvez essa seja a palavra que você mais ouviu por aí nos últimos dois anos (ou até na última década). Mas, você já parou para pensar o que isso significa? Qual é seu grau de controle sobre sua vida em situações como essa? Como suas finanças podem ser resilientes a um cenário assim?
Primeiro, vamos entender o que é uma crise, de forma mais ampla: se trata de uma mudança brusca ou uma alteração importante de algo que estava em desenvolvimento, como a crise de saúde: é uma mudança brusca no seu estado de saúde. Mas ela também pode ser entendida como uma situação complicada ou de escassez. A grande verdade é que uma pessoa pode atravessar diversas crises em sua vida, em muitos âmbitos: de ansiedade, emocional, de saúde, econômica, etc. Crises também estão ligadas à perda de controle e imprevisibilidade – e, cá entre nós, odiamos esses cenários de incerteza.
Entrando no âmbito econômico, uma crise é quando os indicadores econômicos estão negativos, indicando queda na produtividade e no consumo do país como um todo. Elas podem ser geradas por infinitas causas, e ter outras tantas consequências: algumas, bem conhecidas por nós - aumento do desemprego, da pobreza, da escassez de recursos, etc. Mas, como lidar com tudo isso?
Muito se fala sobre como organizar suas finanças em momentos de crise, mas a verdade é que ser resiliente em um período assim tem mais a ver com a forma como você organiza suas finanças SEMPRE do que com o período específico. Ser resiliente a um momento de crise – tanto enquanto família, quanto empresa – é uma consequência de uma estrutura financeira bem organizada. Infelizmente, para muitas empresas que fecharam e famílias com dificuldades, a pandemia foi só a “cereja do bolo”: elas já estavam vulneráveis, graças a uma desorganização financeira - estavam expostas a imprevistos de uma forma desproporcional. Foi uma pandemia, mas poderia ter sido uma doença na família, um acidente, um imprevisto qualquer – essas estruturas já estavam terrivelmente frágeis.
Ter saúde financeira significa que a gestão do seu dinheiro está alinhada com suas prioridades e expectativas de vida: você consegue viver bem a vida presente, tem uma reserva financeira para lidar com imprevistos, guarda algum dinheiro para a realização de sonhos e tem uma estrutura financeira para o futuro, que vai garantir seu estilo de vida na aposentadoria. Até parece utopia, mas é completamente possível a qualquer cidadão construir uma vida assim, desde que tenha um pouco de habilidades para cuidar do seu dinheiro e inteligência emocional para domar a si mesmo.
Os instrumentos para isso: um orçamento organizado, poupança e investimentos constantes, uma boa estratégia de investimentos e priorizar aquilo que te faz feliz. Educação financeira não é privação: é a liberdade de fazer suas próprias escolhas sem se preocupar com o que vão pensar. Se organize sempre e períodos de crise serão apenas momentos passageiros na sua vida.