Graziele Delgado e Evandro Valereto (Foto: Arquivo Pessoal/ A Cidade)
Bom dia, caro leitor! Tudo bem com você? O artigo dessa semana é para te dar um chacoalhão! Há menos de 90 dias atrás você estava prometendo mundos e fundos sobre 2022: que ia ser seu ano, que você ia colocar a vida financeira em dia, ia poupar, aprender a investir, sair das dívidas... ia se cuidar mais: se alimentar melhor, fazer algum exercício físico, etc.... E daí que estamos caminhando para o fim do primeiro trimestre e a pergunta é: o que você fez até agora para mudar isso?
É bem verdade que existem a sorte e o risco e temos muito pouco controle sobre a vida. Porém, também é bem verdade que o pouco de controle que temos, quando praticado de forma consciente, nos leva a viver uma vida com mais qualidade. Não adianta você continuar gastando energia se preocupando com a guerra da Ucrânia se qualquer aumento no preço da gasolina tira seu sono. Além disso, foque no que está sob seu inteiro controle: sua vida, sua realidade.
Se você ainda não começou a organizar suas finanças ou se já desistiu de fazer isso em 2022, pare de ler esse artigo agora. Você já desistiu! Esse é o maior fracasso que existe: desistir. Mas, se você está aqui, saiba que ainda dá tempo de fazer algo para mudar de vida, desde que a decisão seja tomada! Não procrastine mais! Lembre-se do final do ano passado e todos os perrengues que você passou e decida: você quer que isso se repita ou quer que seja diferente?
O primeiro ponto para organizar sua vida financeira é mapear a situação atual: quais são suas despesas hoje? Qual seu custo de vida? Como está a fatura do seu cartão de crédito? Organizar suas finanças é como traçar uma rota no Google Maps: tudo começa do ponto em que você está. Por isso, coloque tudo no papel: até mesmo os pequenos gastos, os mais insignificantes e que parecem mais inofensivos, como chicletes da conveniência do posto de gasolina.
Esse, inclusive é um ponto muito importante: cuidado com os gastos invisíveis – esses mesmos, que parecem bobeira, que são valores pequenos. Eles costumam ser o ralo da nossa vida financeira: bobeiras de pequeno valor que você compra na padaria ou na conveniência, mensalidades de serviços que você não usa, tarifas bancárias ou anuidade de cartão de crédito, etc. Faça uma varredura nas suas despesas e coloque tudo no papel.
Agora, é hora de pensar no ponto de chegada: o que você quer? Quais sonhos você tem? O que você quer realizar até o final de 2022? Em que ponto você quer estar? Não ter objetivos finais vai te tornar mais frágil no decorrer da jornada. É aquela velha frase de Alice no país das maravilhas: “para quem não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve”. Só será possível traçar uma boa rota se você souber o destino final.
Agora que você tem seus sonhos e desejos determinados e seu ponto inicial – a situação atual – é hora de traçar a rota: repense suas escolhas. Quais despesas te afastam dos objetivos? Quais delas você escolheu no automático? Quais você tem pela necessidade de provar algo a alguém? Quais suas prioridades? O que você precisa priorizar?
Redefiniu suas prioridades? Agora é hora de colocar a rota planejada em prática! É necessário ir anotando os gastos para tomar boas decisões e perceber se você está cumprindo o que foi planejado. É fácil? Não – se fosse, todos fariam. Se fosse fácil, não viveríamos em um país de endividados. É difícil? Também não: porque nosso cérebro reaprende! Você pode construir novos hábitos para conseguir alcançar seus objetivos! Agora: precisa de ação! Precisa sair do lugar e fazer algo diferente do que você tem feito até agora! Por isso, pare de deixar essa decisão para depois! A vida que você quer viver está na decisão que você não está tomando! Pense nisso!