Nascemos e somos orientados no novo espaço de vivência por nossos familiares adultos, às vezes são substituídos nossos pais por outros familiares e, infelizmente, alguns de nós entregues a instituições de abrigo de órfãos.
Aprendemos, desde muito cedo, que algumas atitudes que apresentamos não são aceitas, a isto chamamos de “falta de educação” e o que adultos nos aplicam são reprimendas de forma a evitarmos ou eliminarmos algumas dessas atitudes socialmente equivocadas (lembrando que cada sociedade tem seus limites definidos pela cultura local).
Em determinado momento de nossas vidas, respeitamos as regras por acreditarmos que são divinas e, portanto, devem ser altamente respeitadas. E como somos seres egocêntricos, não conquistamos interpretar os outros com os quais estamos presentes neste mundo.
Passados alguns anos, em nossa adolescência, descobrimos que o jogo das relações é muito distinto daquilo que a divindade, seja ela qual for, nos preparou ou preveniu. Descobrimos que o ser humano com quem convivemos é, também, corruptível e o jogo se torna submisso aos interesses e poderes, individual ou coletivamente construídos.
Quando estamos em grupo social, aqueles que se formam quando nossos relacionamentos são ampliados em número e qualidade ética distinta. E, em muitos momentos, humilhamos parte de nossos pares com o escárnio como atitude muito comum, ou não estamos vivendo o mundo do Bullying das mais diferentes formas?
Evoluímos em direção a descaminhos que vida nos apresenta, encontramos os humanos que se arvoram o direito de determinar o que é correto ou incorreto em sua única visão. São aqueles que não observam a alteridade, praticam a apologia do ódio para os diferentes, desconhecem e desrespeitam a diversidade humana.
Em um extremo, vemos alguns líderes mundiais que, dotados de poderes bélicos, encaminham soldados para destruírem seus semelhantes, distintos por concepções políticas, religiosas e, pasmem, econômicas (diga-se de passagem, obrigados a se envolverem em atividades belicosas contra outros humanos e perder suas famílias, por alguém confortavelmente instalado em ostentosos palácios).
Até para este conflito, a guerra, existem leis que foram universalmente constituídas e deveriam, obviamente, serem respeitadas. Mas, como visto no momento presente, lei ora a lei. Morrem civis, crianças e todos os demais envolvidos, obrigatoriamente e sem oportunidade de fugir do caos (como foi o caso dos brasileiros, jogadores de futebol que, por serem homens, não poderiam cruzar as fronteiras e voltarem ao Brasil).
E, para provocar aos leitores, bárbaros eram nossos antecedentes não apenas o bárbaro de nome Hitler? Temos alguns novos “Hitleres” disfarçados de democratas, não apenas na Rússia, não é?