Há anos que ouvimos afirmações quanto a absoluta necessidade de atenção à população que sobrevive no limite da extrema pobreza.
De acordo com a FGV Social, quase 28 milhões de pessoas vivem abaixo da linha da pobreza no Brasil. Em 2019, antes da pandemia de Covid-19, eram pouco mais de 23 milhões de indivíduos nesta situação.
Na área da Educação os fatos não são diferentes, embora o Plano Nacional de Educação esteja a dois anos de sua previsão para consecução de suas metas (2014 a 2024). Há que se questionar as razões de não conseguirmos cumprir o PNE.
“Faltaram políticas públicas, talvez, como a construção de espaços de diálogo entre os responsáveis e os profissionais da educação. A gente fazia as atividades remotas, as propostas, mas quem estava lá, no dia a dia dos estudantes, orientando, não tinha nenhuma instrução ou preparo para trabalhar com esse tema, e faltou receberem alguma mediação para fazerem isso. Sobretudo nas escolas públicas, porque muitas vezes os responsáveis têm menos escolaridade, e foi onde a gente encontrou essa dificuldade de forma mais aguda” (lamenta Maria Eduarda – em 14-02-2022 - https://www.redebrasilatual.com.br/).
A questão da saúde da população passou por dois sucessivos anos no centro das discussões em nosso país e a realidade não destoa das demais, atrasos e atenção reduzida.
O governo direciona em torno de 5% do orçamento para o SUS, o que é um índice muito baixo para a amplitude do programa. Os profissionais do SUS são amplamente capacitados e muito competentes, mesmo assim, eles ainda não estão em número suficiente. A carência de colaboradores e recursos, a falta de leitos e a grande demanda resultam em um cenário de longa espera por atendimento.
Nesse contexto, os serviços particulares se tornam uma importante saída para uma parcela da população. A saúde suplementar gera grandes contribuições para a sociedade, para que as pessoas tenham a assistência em saúde que necessitam (https://empreenda.odontoclinic.com.br/saude-publica-no-brasil/).
Parte dos responsáveis por avanços qualitativos em nossa sociedade são os políticos pertencentes a partidos que se perpetuam no poder por longos anos, como aponta detalhadamente os termos da matéria publicada em 2013 (https://www.hiroshibogea.com.br/presidentes-de-partidos-politicos-estao-no-poder-por-mais-tempo-que-ditadores/) sob o título Presidentes de partidos políticos estão no poder por mais tempo que ditadores.
Estes feudos reproduzem os mesmos políticos por longos e descompromissados mandatos, sem qualquer contribuição significativa para a sociedade e, pasmem, nesta última quarta-feira (30/03/2022) os “nobres” deputados aprovaram a “anistia a partidos que descumpriram cota para mulher e negro”, além dos recursos não destinados conforme a legislação assim o determinava.
Não vimos surgir novas lideranças socialmente responsáveis nestes longos anos. Vimos falas de alguns do tipo, “Rouba mas faz” e calamo-nos sucessivamente.
Uma nova oportunidade se avizinha, eleições em outubro deste ano, vamos votar novamente nos mesmos? Se bem que estes donos do poder não permitem ou favorecem o surgimento de novas lideranças, não apenas em termos de idade, muito menos de ideias.
Nossos políticos não aceitam, discutem ou viabilizam limites para reeleição de vereadores, deputados (estaduais e federais) e senadores. Obviamente, para manter o “quadro negro” no nosso Brasil.
Vamos continuar omissos?