O tema que nos propusemos desenvolver, nesta data, tem relação com os anos vividos e sofridos do povo brasileiro em meio a inúmeros descompassos de nossa sofrida e combalida política.
Me considero um idoso, segundo a nossa legislação, mas não um velho e retrógado pensador. Continuo afirmando que devemos morrer jovem o mais tarde possível e arrisco me posicionar em temas que, em meu particular entendimento, são relevantes.
Vivi, ainda muito jovem, o caos da agressão desmedida da população através da janela de minha casa em que soldados montados em seus cavalos batiam, fortemente, na população, pegasse em que pegasse.
Vivemos um governador que abertamente declarava, “eu roubo mas faço” e teve inúmeros seguidores por muitos anos.
Ouvimos um presidente dizer que “se ganhasse um salário mínimo daria um tiro na cabeça”.
Um outro político, também acompanhado por milhares de admiradores afirmava, “estupra, mas não mata”, a banalização da vida.
Assistimos, recentemente, políticos afirmando que “o Covid não passa de uma gripezinha e que machos/fortes sobrevivem”.
Tivemos provas, mais do que suficientes, quanto à delapidação do erário público comprometendo, sistematicamente, saúde, educação, trabalho e renda.
Se os caros leitores realizarem um breve olhar sobre a quantidade de anos que vivemos até hoje e sua relação com os nomes dos políticos que foram atingidos pelo vírus da improbidade, notaremos que os mesmos por meio século. Não é?
O que nos resta realizar? Como há muitos meses escrevemos neste espaço gentilmente aberto a este professor, “continuaremos com o silêncio dos inocentes”?
Quando outubro chegar, se chegar (a dúvida infelizmente está presente), o que faremos? Decretaremos mais anos de descalabros? Esperamos que não.