Graziele Delgado e Evandro Valereto (Foto: Arquivo Pessoal/ A Cidade)
Olá, querido(a) leitor(a)! Como vai você? É oficial: quase 8 em cada 10 brasileiros estão endividados. O maior inimigo dessas pessoas: o cartão de crédito, seguido pelo famoso “cheque especial”. É importante ressaltar: as pessoas não sabem utilizar o crédito de maneira consciente e, por isso, acabam se enrolando. O maior erro é entender que o limite – tanto do cartão de crédito quanto da conta bancária – são dinheiros disponíveis, que estão lá para serem utilizados, até mesmo com itens extras.
Mas, precisamos entender que as dívidas são apenas sintomas: a doença verdadeira é a desorganização financeira! A maioria das pessoas não tem a maior ideia de como gasta seu dinheiro no decorrer de um mês. Elas até sabem o valor das despesas fixas, como aluguel, prestação do financiamento da casa, condomínio, mas não sabe praticamente nada do supermercado, feira, padaria, comida por aplicativo, etc. O resultado é sempre o mesmo: o salário acaba antes do final do mês. Não basta tratar os sintomas sem cortar o mal pela raiz: as pessoas acabam buscando por empréstimos pessoais para cobrir a conta ou o cartão de crédito, mas, sem a organização, o problema volta a se repetir no próximo mês.
Como lidar com isso então? O primeiro passo é mapear seus gastos. Mas, não basta anotar “mais ou menos” os valores: você precisa checar cada preço, cada linha da fatura do cartão de crédito, cada dinheiro que sai da sua conta. Provavelmente, nesse primeiro movimento, você já vai perceber algumas despesas que poderiam ser reduzidas ou eliminadas. Cabe um lembrete: não se esqueça dos “gatos invisíveis”: aquela bobeirinha que você compra toda vez que abastece seu carro, que passa no caixa do supermercado, o streaming que você paga e não assiste, a mensalidade da academia que você paga e não frequenta e, um dos gastos invisíveis mais significativos: as taxas bancárias. Coloque tudo isso na ponta do laís e faça uma primeira análise: tudo que está nessa lista é realmente necessário? Existem opções mais baratas?
Agora que você já tem tudo mapeado, vale uma reflexão: o aluguel (ou o financiamento do imóvel) e o carro que você tem cabem no seu bolso? Se eles ultrapassam mais de 20% das suas receitas, tenho uma notícia para você: reveja seu estilo de vida. Muitas pessoas se endividam por estabelecer um padrão que ainda não podem ter: é o famoso “dar o passo maior que a perna”. Elas acabam espremendo seu dinheiro para ter acesso ao melhor que podem pagar, sem pensar que a vida é imprevisível e coisas podem acontecer no meio do caminho. Quem tem dívidas, precisa que as coisas deem certo sempre, o que não acontece com muita frequência na vida real. Ao fazer escolhas assim – adiantando sonhos – se perde a margem de erro, se perde a preocupação de manter uma reserva para imprevistos, e as coisas vão acontecendo. Quando vê: já foi – aparece a dívida.
Portanto, analise essas despesas. Reveja prioridades. Talvez falte, na sua vida, momento de mais qualidade de vida, que são aqueles que recarregam as energias. Talvez eles não aconteçam porque sempre falta dinheiro. Talvez, na sua vida, falte romantismo: isso também não acontece porque nunca sobra verba. A preocupação é sempre pagar os boletos.
Já falamos aqui sobre as despesas variáveis, que são itens mais desafiadores: o segredo é estabelecer valores máximos. Qual o máximo que se pode gastar em: supermercado, farmácia, Ifood, lazer, restaurantes, etc? Essas costumam ser despesas que fogem ao controle porque não são acompanhadas ou planejadas: você vai simplesmente vivendo, comprando e pronto.
O objetivo do artigo de hoje é dizer: assuma o controle da sua vida! Pare de viver conforme toca a música – você pode ser o maestro. Hoje, o mês de maio termina e começa junho: uma nova oportunidade de tentar outra vez! Excelente semana para você!