Neste final de semana, em meio a um encontro familiar reduzido, ouvimos e falamos sobre a atual situação de nosso país e, como não poderia deixar de ser, do mundo conturbado em que vivemos.
A principal preocupação de meus familiares foi quanto ao mundo que vamos deixar para nossos filhos e netos. No meu caso específico, aos meus netos. Lembro-me de ter dialogado com meus professores, quando no ensino médio, sobre os povos bárbaros e suas investidas destruidoras sobre outros povos, sempre com o mesmo final, morte e devastação. A estes humanos lhes demos o nome de Bárbaros. Entendíamos que as atitudes que assumiam e praticavam organizadamente foram motivadoras do nome, barbáries.
Reforçando nossas preocupações assistimos um canal de televisão fechada, portanto com dificuldade de acesso da maior parte da população brasileira, apresentando um conjunto de séries que irá ao ar a partir da próxima semana com temas em que afloram as barbáries de nosso tempo.
Uma das falas de meus familiares foi exatamente: “vamos embora deste país antes que seja tarde demais”. Mas, para onde ir? As barbáries estão por toda a parte. Analisem o que ocorre entre Rússia e Ucrânia. Um ditador, igualmente bárbaro, tenta recuperar territórios à força e matando pessoas que não estão sequer empunhando armas. Inúmeras nações se rebelam quanto a este senhor, impingem sanções, bloqueiam transações financeiras e lutam, se é que o fazem, para conter o poderio e as ameaças econômicas provocadas pela globalização, não é?
Enquanto esse espaço está em guerra, matando pessoas inocentes, outros países, culturas e povos são massacrados cotidianamente e os olhos do mundo não os enxerga, ou fingem não ver.
A instituição não governamental, Médicos Sem Fronteiras” pede ajuda para saciar a fome de crianças para o que pede R$ 30,00 por mês para salvar vidas. Vou ser repetitivo, se os valores gastos com a corrida armamentista mundial fossem destinados para salvar pessoas, esta realidade seria modificada. O ódio incentivado por bárbaros modernos (mídias sociais) se alastra e gera mortes a todo instante, fora os fatos que não conhecemos ou não são socializados pelas diferentes mídias.
A cada dia que passa sentimos que a humanidade está caminhando, a passos largos, para sua extinção sobre a face da Terra, ou ao que sobrar dela, se sobrar. Estaríamos, de fato, próximo ao fim da espécie?