Vanessa Bortolozo (Foto: Divulgação)
Você provavelmente já deve ter ouvido falar muito em Quociente de inteligência (QI) e Quociente Emocional (QE). O primeiro se refere à capacidade racional de um ser humano de resolver problemas lógicos. No decorrer do século XX, diversos testes foram desenvolvidos para avaliar as habilidades e os talentos de um indivíduo em relação ao padrão comum à sua faixa etária. Essas avaliações são usadas até os dias de hoje.
Já o Quociente Emocional (QE) se tornou conhecido em meados dos aos 90 e está relacionado com a capacidade de lidarmos com as emoções. O QE é o que nos dá empatia, compaixão, motivação e capacidade de reagir apropriadamente a dor e ao prazer, sendo requisito básico para o emprego efetivo do QI.
Mas, esses dois quocientes não são os únicos. No final do século XX, descobriu-se um terceiro tipo de inteligência humana que completa o QI e o QE, sendo necessário para o funcionamento eficaz de ambos: a inteligência espiritual ou QS (abreviação em inglês para Spiritual Quocient).
O QS está ligado à nossa necessidade de ter um propósito na vida. Por meio dele, colocamos nossos atos e experiências em um contexto mais amplo de sentido e valor, tornando-os mais efetivos. Usamos o QS para desenvolver valores éticos e crenças que vão nortear nossas ações.
Evidências científicas
O conceito de inteligência espiritual foi desenvolvido por Danah Zohar, física e filósofa americana, autora do livro QS Inteligência Espiritual. Seu trabalho está baseado em pesquisas divulgadas há pouco tempo por cientistas de várias partes do mundo que descobriram um “centro espiritual interno”, localizado entre conexões neurais nos lobos temporais do cérebro. Essa área é responsável pelas experiências espirituais das pessoas, embora não exista relação necessária com religião.
De acordo com Zohar, um alto quociente espiritual (QS) implica em ser capaz de usar o espiritual para ter uma vida mais rica e mais cheia de sentido, adequando senso de finalidade e direção pessoal.
Diferença entre QE e QS
A inteligência emocional permite julgar a situação e se comportar dentro dos limites da ocasião. Ela está relacionada a tudo o que afeta as emoções e como se reage a elas. Já a inteligência espiritual está relacionada com o sentido da situação para si próprio e não apenas nas emoções.
Como desenvolver a inteligência espiritual e ser um profissional melhor?
Para ter uma inteligência espiritual desenvolvida é preciso tornar-se mais reflexivo, ser mais honesto consigo mesmo e autoconsciente. Sentindo suas motivações mais profundas é possível identificar e eliminar obstáculos.
Um profissional espiritualmente inteligente é inspirado pelo desejo de servir. Ele transmite visão e valores mais altos aos demais colegas de trabalho.
Veja a seguir dez qualidades comuns às pessoas espiritualmente inteligentes:
1. Praticam e estimulam o autoconhecimento profundo.
2. São levadas por valores. São idealistas.
3. Têm capacidade de encarar e utilizar a adversidade.
4. São holísticas (adj. Relativo a holismo – abrangente).
5. Celebram a diversidade.
6. Têm independência.
7. Perguntam sempre “por quê?”
8. Têm capacidade de colocar as coisas num contexto mais amplo.
9. Têm espontaneidade.
10.Têm compaixão.