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Cidade
Laudos periciais apontam suposta fraude em pedido de impeachment contra prefeito e secretário de Cardoso
Defesa afirma que denúncia possui apenas interesses políticos, tanto que os fatos narrados são de 2021 e só foram apresentados em ano eleitoral
Um pedido de impeachment, que já gerava controvérsias no cenário político Cardoso, ganhou novos contornos com a divulgação de laudos periciais na manhã de ontem. A denúncia, protocolada na Câmara local, mirava o prefeito Jair César Nattes, o Tucura (PSD) e seu secretário de Administração, Luiz Gustavo Canteras, mas agora pode se virar contra os próprios denunciantes, sob acusações de fraude processual e falsa imputação de crime.
Para entender, no início deste ano o advogado Luís Paulo Bednarski e o professor João Batista de Souza Júnior protocolaram junto ao Legislativo local um pedido de impeachment de Tucura e Luiz, sob a acusação de que ambos teriam recebido recursos ilícitos para “caixa 2” de campanha, de uma empresa que prestou serviços de pavimentação no município. Toda a denúncia é fundamentada em um áudio gravado por terceiros onde, segundo os denunciantes, o prefeito e depois seu secretário conversavam com o representante da empresa sobre as supostas vantagens ilícitas.
Acontece que, na manhã de sexta-feira (26), o secretário de Administração, Luiz Gustavo Canteras, e seus advogados, Hery Kattwinkel e Natália Bifaroni, protocolaram junto à Câmara um laudo pericial que atesta que a voz no áudio em questão não é de Luiz, e no que diz respeito às falas do prefeito, apresentam sinais de edição ou adulteração.
O documento em questão é assinado pelo perito Wesley Eduardo Berto Maria, que é habilitado pelo cadastro de auxiliares de justiça dos tribunais de justiça do Paraná, São Paulo e Santa Catarina. Em seu laudo ele afirma que a voz apontada pelos denunciantes como sendo de Luiz Gustavo, na verdade seria de uma outra pessoa, provavelmente de origem nordestina (pelo sotaque) e de baixo grau de instrução, o que foge das características do acusado.
“Diante das análises periciais realizadas, sem dispensar qualquer análise complementar admitida para o presente caso é seguro concluir que a voz do Falante 02 (áudio apresentado na denúncia) objeto de análise, não pode ser atribuída a pessoa de Luiz Gustavo Canteras diante das características divergentes identificadas no relatório de análise”, atesta o perito judicial.
Com base no relatório, a defesa de Luiz solicitou o arquivamento da denúncia e convocou uma coletiva de imprensa, onde apresentou os fatos e afirmou que os responsáveis pela acusação, bem como pessoas que massificaram o caso, em especial um órgão de imprensa local, serão responsabilizados civil e criminalmente.
“Os denunciantes cometeram crime e a imprensa também cometeu ilícitos, difamando, injuriando, caluniando e todos serão responsabilizados. Vamos entrar com ações criminais e indenizatórias contra cada um dos acusadores e com um mandato de segurança, caso esse processo de maneira equivocada seja aceito e nós responsabilizaremos os vereadores por cada palavra dita de maneira ilegal e com base em uma prova fraudulenta”, disse o advogado Hery Kattwinkel.
Procurada pelo A Cidade, a Câmara de Cardoso, por meio de seu presidente, Antonio Carlos Pinheiro Parpinelliin, afirmou que, tanto o pedido de impeachment como agora o de arquivamento serão analisados pelo setor jurídico e posteriormente pelos vereadores após o fim do recesso legislativo, previsto para o dia 6 de fevereiro.
Impeachment na Câmara é antecipação das eleições, diz defesa de Luiz
Na visão da defesa do secretário de Administração, Luiz Gustavo Canteras, comandada por Hery Kattwinkel e Natália Bifaroni, o pedido de impeachment possui apenas interesses políticos, tanto que os fatos narrados são de 2021, mas só foram apresentados em ano eleitoral. Para os advogados, trata-se de uma tentativa de antecipar o pleito de outubro.
“O fato narrado na denúncia é de 2021, então cadê a denúncia em 2021? Por que não enviaram ao Ministério Público em 2021? Cadê o envio desse áudio para a polícia na época? Deixaram para usar três anos depois, no ano eleitoral. Será que são coincidências ou será que eles agiram de maneira sórdida, sorrateira e diria até, covarde? Três anos para tomar providências só demonstra que eles queriam usar isso em período eleitoral para tentar usufruir de proveitos eleitoreiros”, pontuou Hery.
O advogado afirmou ainda que todo o processo é baseado em uma gravação fraudulenta e foi apresentado por uma pessoa que se intitulada como pré-candidato.
“Não sei se a administração é boa ou ruim, o que me importa são os fatos jurídicos, as urnas é que vão dizer se a administração foi boa ou não. Agora, o que não podemos aceitar é tirar uma pessoa no tapetão, na mentira, na trairagem. Todo esse processo é baseado em gravações fraudulentas. O próprio denunciante já se intitulou como pré-candidato, então nós não estamos trabalhando com fatos jurídicos e sim político. Já saiu do campo do direito, daquilo que é verdade e que é o certo, para ataques pessoais. Qual que é o objetivo disso? A campanha eleitoral”, concluiu
Luiz Gustavo, por sua vez, afirmou que a verdade está aparecendo e que a população precisa ficar atenta a grupos que jogam sujo para tentar chegar ao poder.
“Quero agradecer a todo o apoio que recebi e que a população tenha certeza que a gente está tentando sempre fazer o melhor para Cardoso e que não vão ser essas mentiras que vão fazer a nossa administração parar. Não é com mentira que vocês vão conseguir derrubar um grupo e a imagem de uma pessoa”, concluiu O jornal A Cidade procurou os denunciantes, por meio do advogado Luís Paulo Bednarski, para que se manifestassem, mas ele não atendeu as ligações e nem retornou as mensagens até o fechamento desta edição.
Notícia publicada no site: www.acidadevotuporanga.com.br
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