O Tribunal de Justiça Desportiva acatou pedido da defesa para que o atacante possa jogar enquanto recurso não for julgado
Jociano Garofolo
garofolo@acidadevotuporanga.com.br
O Clube Atlético Votuporanguense ganha um importante reforço para o jogo decisivo contra o XV de Novembro de Piracicaba, na próxima sexta-feira (28), pelo jogo da volta das quartas de final da Copa Paulista. O atacante Anderson cavalo teve o efeito suspensivo de sua pena deferido pela Federação Paulista de Futebol, e poderá atuar enquanto o recurso da sentença de 26 jogos não for julgado em definitivo.
A decisão foi publicada ontem no site da Federação, mas o caso foi avaliado no dia anterior, na segunda-feira (24), pelo presidente do Tribunal de Justiça Desportiva, Antonio Assunção de Olim. Ele avaliou o pedido de efeito suspensivo de autoria do CAV no caso de Anderson Cavalo, do também atacante Kennedy, suspenso por cinco jogos, e da multa de R$45 mil imposta ao clube, por conta da confusão na partida contra o Red Bull Brasil, no dia 1º de outubro, contra o Red Bull Brasil.
“Assim, de imediato concedo o efeito suspensivo à condenação da multa aplicada, sustando os efeitos da condenação, até o julgamento do recurso interposto”, escreveu Olim, com a ressalva de que os atletas teriam que cumprir ao menos dois jogos de suspensão, o que no caso de Anderson Cavalo, que ficou fora contra o Comercial e na primeira partida contra o XV, já ocorreu.
Com isso, o jogador, que desde o episódio treina normalmente com o grupo do CAV será escalado como titular pelo técnico Ito Roque. Além do atacante, o treinador terá também o reforço de Paulo Josué, que cumpriu suspensão automática pelo terceiro cartão amarelo, no primeiro jogo da decisão com o XV.
O julgamento
Cavalo foi condenado a 26 jogos de suspensão no último dia 17, pelo Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Paulista de Futebol, que usou todo o peso do martelo julgador para condenar o atacante Anderson Cavalo a 26 jogos oficiais longe dos gramados.
A decisão foi maior do que a pena máxima esperada para a acusação, que era de 12 jogos, mas a expectativa nos bastidores era de que o atacante tivesse condenação de cerca de quatro jogos, o que não se confirmou. De forma poucas vezes vista, o TJD decidiu por afastar do gramado o atleta por um longo período. O recurso do CAV tenta diminuir ou anular a pena.
Para se ter uma ideia da gravidade da sentença, na “batalha campal” entre CAV e Fefecê, em 2012, em que 12 jogadores foram expulsos após uma briga no antigo estádio Plínio Marin, a pena máxima foi de sete jogos para Willian Baiano. Também foram julgados o atacante Carlos Junior, o Faísca, também citado em súmula por participar da briga e a comissão técnica da Votuporanguense, com exceção do técnico Ito Roque. O jogador foi condenado a dois jogos, já cumpridos, enquanto os demais profissionais foram absolvidos. Kennedy foi citado posteriormente, e punido com cinco jogos por ter postado em uma rede social uma provocação sobre a briga.