Na 1ª rodada do Grupo 01 muitos avaliadores foram avistados fazendo anotações nas cabines e arquibancadas da Arena Plínio Marin
Ex-Santos, Juary está em Votuporanga para assistir a Copinha (Fábio Ferreira/A Cidade)
Fábio Ferreira
Celeiro de grandes craques no futuro, a maior competição de categoria de base do mundo, a Copa São Paulo de Futebol Júnior, tem atraído diversos olheiros dos principais clubes do país a Votuporanga. Na 1ª rodada do Grupo 01, que tem Votuporanuense, Grêmio, Brasília e Auto Esporte-PB, muitos avaliadores foram avistados fazendo anotações nas cabines e arquibancadas da Arena Plínio Marin.
Entre os olheiros que acompanham os jogos realizados na cidade está o ex-atacante do Santos e hoje coordenador técnico do time sub-11 da Vila, Juary Jorge dos Santos Filho, o Juary, que tem na carreira de jogador o título de Campeão Paulista pelo Peixe em 1978 e até da Copa dos Campeões e Mundial de Clubes com o Porto. Ele fica em Votuporanga até amanhã para acompanhar os jogos da Copinha.
“A importância desta Copa é muito grande porque tem como objetivo revelar talentos do futebol brasileiro. O Santos fez questão de colocar todos os seus olheiros para trabalhar em diversas cidades-sede durante a competição”, contou Juary, que tem identificação com a região por já ter sido treinador do Fefecê.
De acordo com o presidente da Votuporanguense, Marcelo Stringari, muitos olheiros tem entrado em contato com ele para avisar que estarão na cidade durante a competição sub-19. “Temos profissionais da região, do Corinthians, e amanhã (hoje) deve chegar um do Flamengo, que me ligou avisando”.
Questionado sobre os critérios de avaliação de um atleta, Juary afirma que pela experiência de longos anos dentro do futebol, 90 minutos basta para saber se determinado garoto tem futuro ou não. “Um toque de bola, a movimentação, o posicionamento, ver a reação do garoto em uma situação de dificuldade do jogo, tudo isso você avalia seguramente em apenas uma partida”.
Um dos símbolos daquele time apelidado de “Meninos da Vila”, Juary hoje acredita que a tecnologia tem “estragado” a nova geração do futebol brasileiro. “Os meninos só querem saber de celular, Play Station e televisão. Precisamos resgatar as categorias de base e mostrar que para chegar onde os grandes jogadores da Europa estão tem que sofrer e trabalhar duro. Tenho certeza que um bom trabalho na base traria benefícios a todos no futebol brasileiro”, concluiu.