Após denúncia de suborno contra a Alvinegra, diretores do clube afirmam serem vítimas no caso e estudam reação contra Mogi
Elenco se reapresentou na manhã de ontem já visando o confronto contra o XV de Piracicaba, na próxima sexta-feira (7) Foto: Fábio Ferreira/ A Cidade
Fábio Ferreira
Depois do Mogi Mirim formalizar na Federação Paulista de Futebol uma denúncia de suborno contra a Votuporanguense, a diretoria do CAV se pronunciou sobre o caso ontem em entrevista à Rádio Cidade. O presidente Marcelo Stringari e o diretor Marcelo Melo afirmaram que a instituição é vítima no caso e que o clube não pode pagar por uma ação isolada de um funcionário. Eles anteciparam que o CAV já conversa com advogados e estuda uma ação contra o Mogi por injúria e difamação.
O presidente Marcelo Stringari reiterou que o clube é contra qualquer ação antidesportiva e por isto já está tomando as devidas providências sobre o caso. O dirigente alegou que o zagueiro Marcelinho, do Mogi, e o ex-funcionário Anderson Negrini, do CAV, eram amigos desde a passagem do atleta pelo clube, em 2016, e que a mensagem de oferta de dinheiro pela derrota via celular foi em tom de brincadeira do ex-funcionário.
“O Mogi e o atleta estão agindo de má fé. Inclusive nós vamos procurar nosso direito porque eles estão acusando a instituição Votuporanguense, e de maneira alguma temos participação nisso. Sempre cumprimos com todas nossas obrigações como clube profissional e não vamos aceitar uma acusação séria como esta”, declarou o presidente.
O diretor Marcelo Melo foi ainda mais duro nas palavras e afirmou que o Mogi “está tentando esconder a incapacidade do time em campo para tentar achar uma brecha fora dele”. Melo afirmou que a denúncia não afeta apenas um funcionário do clube, e sim toda a instituição Votuporanguense e uma comunidade envolvida com este time. “Eles poderiam ter revelado o caso antes da partida, mas fizeram de maneira suja e premeditada após o resultado final”.
O diretor deixou claro que o clube já conversa com advogados para, se for o caso, registrar um Boletim de Ocorrência e processar o Mogi Mirim por injúria e difamação. “Não está em jogo apenas a perda de pontos ou algum outro tipo de punição. Está em jogo a nossa honra como homens e pais de família. Eles acusaram e agora terão que provar”, afirmou.
Anderson Negrini era o funcionário mais antigo do CAV e pediu demissão a diretoria na última segunda-feira. O Tribunal de Justiça Desportiva agora analisa se acata ou não a acusação do Mogi Mirim. A decisão deve constar em ata do órgão na reunião da próxima segunda-feira.
Caso a denúncia siga adiante, o CAV pode ser enquadrado em um artigo que pede a exclusão do clube da competição por prática antidesportiva. Os diretores da Votuporanguense irão amanhã até a sede da Federação Paulista de Futebol, em São Paulo, para se apresentarem a colaborar com o órgão nas investigações.