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2022 será um ano desafiador, diz analista de investimentos
Os empresários encaram 2022 com otimismo, mas Rafael Rossi, assessor de investimentos do Sicredi e especialista no assunto, acredita que será um ano desafiador
publicado em 31/12/2021
Apesar de considerar 2022 um ano desafiador, Rafael Rossi, assessor de investimentos, apontou modalidades promissoras de aplicação (Foto: Arquivo Pessoal)
Pedro Spadoni
pedro@acidadevotuporanga.com.br
Os empresários encaram 2022 com otimismo, mas Rafael Rossi, assessor de investimentos do Sicredi e especialista no assunto, acredita que será um ano desafiador, principalmente por conta de incertezas, conforme disse em entrevista ao jornal A Cidade.
O assessor fez um panorama de como acredita que o cenário econômico vai estar no país em 2022, de acordo com projeções do Banco Central, comentou sobre os impactos em investimentos e compartilhou as principais dicas para fazer aplicações financeiras.
Cenário econômico
O primeiro ponto destacado por Rossi na entrevista foi que a Selic – taxa básica de juros definida pelo Copom (Comitê de Política Monetária) – vai aumentar. Atualmente, a taxa é de 9,25% ao ano, mas, segundo o assessor de investimentos, deve subir para 11,5% até maio.
“Isso, infelizmente, acaba reduzindo o PIB [Produto Interno Bruto] do país, porque o dinheiro fica mais caro para quem precisa dele para recursos e, consequentemente, ou não pegam os recursos nas instituições financeiras ou acabam pagando mais caro por ele”, explicou o especialista.
Inclusive, Rossi disse que a projeção para o ano que vem é que o PIB cresça 0,42%. O número fica bem atrás do crescimento registrado neste ano, que deve ser pouco mais de 4%, segundo o assessor. “Claro que isso é porque o ano anterior foi muito negativo, por conta da Covid”, acrescentou.
Já sobre a inflação, o especialista estima que ela deva fechar, no ano que vem, um pouco acima da meta do governo federal. “Ela tende a fechar em 5,03%, segundo as projeções do Banco Central. A meta é 3,5%. É por isso, também, que o governo federal vem aumentando a Selic. A ideia é tentar conter a inflação”, explicou.
Investimentos
Quando perguntado sobre se 2022 vai ser um bom ano para investir, Rafael Rossi respondeu que isso vai depender do tipo de aplicação que a pessoa quiser fazer.
“O ano de 2022, para aplicações atreladas à Selic e ao CDI [Certificado de Depósito Interbancário] tendem a render mais que nesse ano. Ou seja, o ano que vem vai ser melhor para os investidores que aplicaram em ações de baixíssimo e baixo risco. Já as aplicações de médio e alto risco, tem que analisar cada caso, de acordo com o perfil e objetivos da pessoa etc”, explicou o assessor de investimentos do Sicredi.
Rossi também disse que todo mundo que estiver pensando em começar a fazer aplicações financeiras deve considerar o que ele chamou de “tripé de análise financeira”, composto pelos seguintes pilares: liquidez, segurança e rentabilidade.
“A liquidez é a capacidade de fazer aquele recurso [aplicado] voltar a ser dinheiro. Geralmente, quanto mais liquidez, menor o rendimento. E quanto menos liquidez, maior o rendimento. Quanto mais segurança tiver naquela aplicação, menos retorno vai ter. E quanto menos segurança, mais retorno [a pessoa] tem que querer. E a rentabilidade. Tem que analisar esses três pilares juntos”, explicou.
Esta pode ser uma tarefa complexa, com consequências sérias na vida financeira do investidor em potencial. Por isso, Rossi reforçou a recomendação para que as pessoas busquem consultoria personalizada para investimentos.
“A pessoa tem que procurar sempre um especialista de investimentos, que vai fazer a coleta de informações, elaborar uma estratégia personalizada para ela, apresenta-la e aí eles vão colocá-la em prática. Essa estratégia deve ser acompanhada e revisada, de acordo com a vida da pessoa e fatos novos que forem acontecendo”, finalizou.
Notícia publicada no site: www.acidadevotuporanga.com.br
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