Liga diz que não há proibição de sexo oposto para compor mestre-sala ou porta-bandeira
Andressa Aoki
A escola de samba Águias da Liberdade não gostou do resultado. A agremiação entrou com recurso contra a Lesvo (Liga das Escolas de Samba de Votuporanga). Os integrantes argumentam que a porta-bandeira infringia o regulamento do Carnaval de rua.
De acordo com a presidente da agremiação, Maria Lucia, em anos anteriores, a escola solicitou autorização para que a porta-bandeira fosse um homossexual, o que não foi autorizado pela Liga, ao contrário do que aconteceu neste ano com a GRES concorrente.
A reportagem entrou em contato com o presidente da Liga, Silvio Vieira, que afirmou que o regulamento não proíbe homossexual nas escolas. “Não autorizamos e nem desautorizamos. Mestre-sala e porta-bandeira são de responsabilidade da agremiação. Não está escrito no regulamento que não pode participar. Eu não proibia ninguém de participar”, argumentou.
Segue a nota da Liga:
Não consta em nenhum regulamento da Liga das Escolas de Samba de Votuporanga, nem nos Critérios de Julgamento dos Quesitos da FESEC (jurados responsáveis pela concessão das notas) termo que proíba a participação de sexo opostos para compor mestre-sala ou porta-bandeira. A Liga segue a cartilha da FESEC que aufere as notas, por este motivo seguimos o que está escrito no Regulamento da Liga e nos Critérios de Julgamento, cumprimos os mesmos de forma justa e transparente. Não aceitamos o recurso, mesmo porque consta no Regulamento que as Notas que os jurados auferem são de sua competência e a eles confiamos como entidade muito séria e responsável.
Caso aceitasse a eliminação da Nota do Quesito mestre -sala e porta-bandeira para a Escola de Samba Raça Alvinegra, estaria sendo incorreto com nossos regulamentos e ainda estaríamos sendo injustos e preconceituosos, o que não faz parte desta direção carnavalesca. Aceitar uma pontuação recebida que não os leva ao topo esperado, é atitude de bons futuros vencedores.