Elas ainda continuam sendo procuradas, ou correm o risco de serem extintas com o passar dos anos? Pelo que parece, não.
Sapateiros têm orgulho da profissão
Karolline Bianconi
Que o mercado de trabalho cresce a cada dia, expandido sua área de atuação para diversos segmentos, isso todo mundo sabe, mas e as profissões antigas?
É o caso do sapateiro. Sérgio Luis Ramos Sanches está na administração da Sapataria Sanches há 11 anos. O negócio é de família, sendo fundado por seu pai, Antônio Sanches Peres, que continua vivo. “Somente com ele, foram 51 anos de portas abertas. No total, a sapataria tem 62 anos”, disse.
A média diária de atendimento em balcão varia até 25 pedidos, divididos entre consertos fáceis ou com elevado grau de dificuldade grande.
Para ele, a profissão vale muito a pena, pois é levada em consideração o trabalho manual do que o maquinário.
José Antônio, conhecido como “Zé Sapateiro”, trabalha com Sérgio há 35 anos. Ele é o responsável pelos consertos e reformas. Já Mário Alves Batista integra a equipe há 51 anos, e é o criador de vários modelos.
Valdemar Marioti tem mais de 30 anos de profissão, em um salão da rua Padre Izidoro Cordeiro Paranhos. O salão é freqüentado somente por homens, que desejam cortar o cabelo ou fazer a barba. A média diária de atendimento varia bastante, chegando até a 15 atendimentos.
Valdemir Dias de Godói também trabalha ao lado de Marioti. Na profissão, são 17 anos. “Recomendo sim, aprendi muito com Valdemar”, disse.
Apesar de existir supermercados, mercearias e quitandas, muitos ainda procuram por ambulantes que vendem frutas, verduras e legumes. É o caso do comerciante José Luiz Fabrete.
Ele trabalha há 11 anos no ramo e um dos produtos mais vendidos é a vassoura artesanal. “As pessoas gostam porque tem qualidade, é algo que a dona de casa precisa”, disse. Ele disse que adquire o material de um artesão em José Bonifácio.