Nas médias e pequenas empresas do mundo é frequente o treinamento dos funcionários a fim de que todos se dediquem e se comprometam para a consecução do seu objetivo principal: vender e atender bem o seu cliente, sob pena de perdê-lo para a concorrência, claro.
Para a iniciativa privada, o comprometimento do funcionário é vital, e o funcionário que não se aplica, não se adequa, fica fora do mercado de trabalho, evidente.
Para o mal dos nossos pecados, lamentavelmente, no funcionalismo público do nosso querido Brasil raramente o comprometimento se verifica. Podem reparar. Em quase todas as repartições, secretarias, postos e outros nomes que tenham, tanto a nível federal, estadual e municipal, um não sabe o que o outro faz, não há comunicação, não há comprometimento, não há interesse eficaz na solução dos problemas da população. Salvo raras e honrosas exceções.
Uma das causas dessa falta de comprometimento e entrosamento das equipes em uma só frente de trabalho é a falta de treinamento, de palestras, de esclarecimento, de um plano de carreira que contemple a meritocracia, na minha modesta opinião.
O que vou relatar esclarece bem a questão e justifica a razão por que escrevo sobre esse tema. Possivelmente, por estarmos em campanha política para eleição municipal, justamente nesses últimos 50 dias em que vivenciamos uma seca tremenda, com a umidade do ar chegando a 10%, estado crítico, portanto; e não bastasse a nuvem de poeira e fuligem que cobre a cidade, no último dia 31 de agosto, na Av. 9 de Julho, bairro de San Remo, a Prefeitura fez a poda da grama, e sem necessidade, a meu ver. Além de mais poeira e secura do ar, sujeira etc., minha casa foi invadida por pernilongos, daqueles ferozes e vorazes.
Após um final de semana atroz, dormindo pouco, com alergia de tanto inseticida que coloquei na casa, segunda-feira (dia 03), logo cedo, contatei a Prefeitura e me encaminharam para a Secez, que esteve na terça-feira por volta das 9 horas fazendo a vistoria. Eu relacionei o fato da poda com a invasão dos pernilongos e dito e feito! Há três bueiros ou bocas de lobo entupidas e com água parada aqui na frente. Uma delas, a que se localiza no canteiro central bem em frente à Praça Nobuo Abe, aos pés de uma mangueira, está infestada de pernilongos. Prometeram-me pulverização, limpeza e desobstrução. Mas, até agora, nada fizeram a não ser ver, dizer que vão fazer ouvir minhas queixas na Ouvidoria e se mostrarem indiferentes ao meu desconforto e sofrimento. Os quais, sem dúvida não devem ser só meus, mas dos vizinhos também. No entanto, o povo, esse povo brasileiro sempre enganado e ludibriado, acha que tudo é normal e que tudo se resolverá com o tempo. Ah, só para constar, a invasão dos pernilongos continua, bem como as noites insones, as picadas, a rinite e a tosse causadas pela alergia aos inseticidas e o pavor dessa situação se prolongar por todo o feriadão que começa amanhã. Até quando? Senhor Prefeito, mais treinamento e puxão de orelha nesse povo, por favor. Mais comprometimento, senão, assim não dá, assim não pode...
*Norma Moura