Dia desses uma adolescente fez algumas colocações que considerei importantes, principalmente porque partiu de alguém que ainda não tem direito ao voto. Comentava a linda menina sobre a importância do voto consciente, sobre como entendia deveria ser a postura de um vereador, de um político. Pelo que percebi aquela criaturinha não se conformava com certos comportamentos, como o populismo barato, enfim. A mocinha tem perfeita consciência do tipo de político que pretende, ou seja, alguém que realmente participe da vida pública, interessado em ajudar nas soluções das necessidades e, jamais seja algum que fique intrigando e produzindo maldades através dos atos e da fala. Por isso mesmo, após ter vivido décadas de política, me pergunto: será que esses jovenzinhos de hoje não estão entendendo que alguns homens “públicos” são ridículos? Será que esses homens “públicos” ainda não entenderam que vivem épocas diferentes? Será que não está na hora dos eleitores atuais iniciarem novas modalidades de escolha de seus representantes, fazendo uma análise fria e competente das qualidades de cada candidato?
Entender que nosso país vai mudar de uma hora para outra é precipitado, principalmente considerando que existem enormes diferenças culturais por todas as regiões. Mas, entender que mudar é possível é pensar positivamente.
Estamos chegando perto do dia das eleições municipais, os candidatos democraticamente, estão se esforçando para conseguirem suas eleições e, por isso, cabe aos eleitores avaliá-los exaustivamente. Conhecer suas índoles, seus pensamentos e propostas, indagá-los e depois dar o voto. A troça do voto por dinheiro, favores ou simples amizade pode ser um tiro no pé. Candidatos existem muitos e, geralmente excelentes pessoas, porém, nem todos estão no embate por si só e, por isso, podem estar a serviço de outros, por interesses nem sempre muito bonitos. Cabe a cada um de nós sabermos separar o joio do trigo. A grande força da democracia está exatamente na livre escolha. Faça a sua e faça bem.
Também, eliminar da vida pública os tais “caciques” e seus “fieis” seguidores é uma obrigação de quem pensa no futuro de nossa juventude, de quem pensa num pais mais limpo e sem o horrível espetáculo do tal de mensalão.
Por toda nossa região, não canso de repetir, os eleitores precisam, desde candidatos a prefeito e a vereadores, mudar os velhos costumes. Chega de coronelismo, chega de compra de votos, chega de compadrismos e despotismos, pois, o que precisamos mesmo é de desenvolvimento, boa educação, cidades limpas e todo povo feliz e, não só para meia dúzia de apaniguados.
Assisti junto do deputado Carlão ao discurso de um candidato a prefeito em uma cidade da região que me deixou feliz. Mesmo não sendo um bom orador e falando com simplicidade fez um pronunciamento que me marcou. Foi direto e correto em tudo que falou. Misturou competência com o coração, foi enfático em porque queria ser prefeito. E, vejam bem, não precisa do cargo para seu sustento, apenas quer ajudar sua comunidade. Ao não falar o nome da cidade e do candidato podem perceber vocês que eu o entendi como um homem sério. Que bom seria se agissem assim na maioria das cidades.
Por isso caros leitores, sejamos todos soldados para que a população faça boas escolhas. É hora de conversar sobre isto, é hora de falar de política, igualzinho a adolescente que entendeu que esta não é hora de brincar.
*Nasser Gorayb é comerciante e colabora com o jornal aos sábados