As entrevistas e pronunciamentos de candidatos em locais públicos, além de contribuir para a formação de opinião, põem em evidência a capacidade administrativa do candidato que fala e a sua vivência pessoal diante do eleitor. A campanha política sempre contribui, e muito, para que os eleitores conheçam com mais profundidade as propostas dos candidatos e os seus ideais para gerir o bem público.
Infelizmente, nos tempos atuais, tem muito do “faz de conta”. Desde que os marqueteiros invadiram o horário político eleitoral no rádio e na TV, substituindo com os seus artifícios o que os políticos teriam a dizer, ficou muito difícil separar a fantasia da realidade. No horário político que a cada eleição perde ainda mais o interesse do eleitorado, o pronunciamento dos candidatos é monitorado. Em resumo: ele só fala o que ensaiou e o se apurou que o povo quer ouvir: É tudo programado e daí aparecem as frases feitas:”vou lutar pela saúde, educação, segurança e habitação”. Diante disso, o candidato é mais sincero nas palestras nas portas de indústrias, nos debates e nas entrevistas.
Todavia, essa modalidade de pedir votos onde só o candidato a eleição majoritária fala, não contempla os postulantes ao cargo de vereador que tentam “pegar carona” na visita do candidato a prefeito. Talvez, por isso, grande parcela do povo tem dificuldade em definir o seu voto para o Poder Legislativo. O eleitorado não se compenetra da importância do cargo de vereador. Aos eleitos para a Câmara Municipal, cabe a elaboração das leis, que vão regular a vida dos cidadãos do município, defendendo os interesses da população, aprovando projetos que disciplinam a taxação e a criação de tributos. Cabe ao vereador a fiscalização dos atos do prefeito, evitando os demandos administrativos e julgando com responsabilidade os seus impedimentos de ordem legal com absoluto poderes que possa culminar até com a cassação de mandato. Diante disso, o eleitor deve ter consciência da responsabilidade do voto pra vereador. As funções de legislar são sublimes, elevadas, e carecem que os seus integrantes sejam dotados de, no mínimo, relativa cultura humanística e ética. Cabe ao vereador ter ciência da sua condição de exercer o mandato confiado pelo povo dentro de um comportamento sério,responsável e exemplar perante a comunidade.O eleito vereador leva a esperança do seu eleitor que acreditou nos seus propósitos pelas suas palavras manifestadas publicamente, ou educadamente, quando de casa-em-casa se apresentou mostrando-se digno de ser votado.
São 185 candidatos, aproximadamente, que se habilitaram para receber o seu voto para a Câmara Municipal de Votuporanga na eleição deste domingo, 7 de outubro. Eles se submetem a nossa análise que deve ser imparcial e objetiva. Descarte o voto de favor ou de simpatia. Pense no melhor preparado. Lembre-se que está em jogo o futuro da cidade, o nosso patrimônio econômico,cívico e moral, num momento relevante do desenvolvimento da cidade. Passa pela futura Câmara Municipal a continuidade do progresso de Votuporanga, consequentemente, o bem-estar de todos os seus habitantes.
Alguns candidatos com experiências legislativas acumulada nos últimos anos; outros estreantes e cheios de propósitos para renovar o Legislativo. As opções existem para o eleitor analisar e votar com consciência. Escolha com espírito cívico e com muita determinação de responsabilidade. Votuporanga não pode parar!