Na primeira parte nos atemos aos aspectos do ver, julgar e agir social, com foco na relação de poder institucional, cristão e partidário; aqui, finalizaremos esta reflexão destacando aspectos legais, teológicos ecomportamentais sobre desenvolvimento, político, humano e social sustentável. Vejamos:
Um educador, líder comunitário, líder partidário, líder social ou líder cristão de qualquer instituição deve ter a responsabilidade de conduzir seus liderados, sob a ótica da construção e reconstrução de princípios e valores cientificamente chamados de democracia, ética, cidadania, igualdade de condições ou política. Fora disso, está correndo o risco de violar o maior de todos os estatutos que já existiu A PALAVRA DE DEUS %, mesmo sob boas intenções.
Todos os candidatos e candidatas autorizados pelo Ministério Público, Juiz Eleitoral e permitidos por Deus foram legítimos ao pleito das eleições/2012. Confiscar o direito de o povo confrontá-los é impor a ele ideologias próprias, individualizar, dividir, criar contendas, fofocas em sua instituição ou cidade, enfim, manipular o eleitorado promovendo o monopólio autoritário, desumano e inconstitucional; é promover a corrupção pela politicagem da boa vizinhança, portanto, um vício contrário à Justiça de Deus.
É verdade que há candidatos e candidatas, mas também é verdade que o adestramento político tem deixado nosso povo sem voz, manipulado por pseudos bem-intencionados que procuram através de belos discursos ou bens materiais, promover a si e a sua organização, às custas de inocentes despolitizados, comprando sua dignidade humana, sob a ótica de que o povo não sabe votar ou escolher bons políticos. De que lado estamos eu, você e tantos outros líderes: da ordem ou da desordem, da paz ou da violência?
Em política, não devia haver exclusividade institucional sobre candidato. Deus não exclui ninguém e, principalmente, o direito de seu povo aprender a fazer política dignamente. Ser candidato ou líder de qualquer organização é direito concedido pelas Leis de gestão administrativa provindas da inteligência humana, mas, acima de tudo, um direito permitido por Deus. Se você lidera alguma organização, respeite o direito democrático; não busque atalho; permita a seu povo conhecer as propostas de cada um; aprender a descobrir há seu tempo qual o verdadeiro caráter do candidato ideal. Destacamos o exemplo de nosso prefeito eleito Junior Marão em campanha, que mesmo em larga vantagem sobre os adversários, humildemente, visitou os mais diferentes segmentos sociais da cidade, mostrando seus feitos, ouvindo os eleitores e apresentando seu novo plano de governo.
Agir de outro modo, fora do processo democrático, caracteriza sua liderança aos ditadores históricos, conduzindo seus liderados para o abismo da ignorância coletiva, que enche as ruas de mendigos e a sociedade inteira de alienados e dependentes maltrapilhos – restando por fim jogar a culpa no destino ou no diabo, quando, na verdade, a responsabilidade que nós, lideres, temos é de conduzir o povo para a verdadeira liberdade em Deus, que conta com nossos frutos de justiça.
Todos os candidatos aptos para o pleito possuem a permissão de Deus. Não podemos fugir de nossa própria existência de sucesso, ou de podridão de organização legal. Ou podemos?... Por outro lado, o candidato de cada organização, quando eleito, o é para representar toda a sociedade, não apenas seu mundinho ideológico organizacional, sob a pena de ser desaprovado pela sociedade. Pelo menos, é o que rege a Constituição Federal sem demagogia.
Se Deus não escolhe os mais capacitados, é verdade que ele capacita os escolhidos independentemente de sua organização partidária, social ou cristã. O tempo para isso no caso da política deveria ser todos os dias de cada instituição; não somente em época de eleições, quando no calor do jogo somado ao assédio do dinheiro desejam fazer mudanças com 500 anos de atraso em 3 meses de campanha-relâmpago. Melhor seria aproveitarmos este momento para nos prover de experiências duradouras, como respeitar dignamente o direito de cada cidadão, candidato, organização e da cidade como um todo, permitindo o desenvolvimento justo, ativo e saudável da cidadania.
*Profº Clóvis Gonzaga é consultor sócioeducacional/palestrante e integrante do Partido Verde em Votuporanga