Este artigo era para ser escrito há alguns meses. Entretanto, para fugir de comentários e interpretações em épocas anteriores às eleições, adiei o mesmo, para um chamamento para uma importante questão regional, dirigida a todos os habitantes do Noroeste Paulista, e, também, uma colocação para que as autoridades de nossa região, reflitam sobre o assunto.
Pois bem, todos nós sabemos que a cidade de São José do Rio Preto é o polo mais importante de nossa região, em todos os aspectos: polo comercial, médico e de centralização de todos os órgãos estaduais e federais. Além disso exerce , dentro de sua importância econômica, a função de um importante centro de geração de empregos, fazendo com que muitas pessoas, moradoras de cidades da região, tenham, nessa cidade suas atividades profissionais, no setor de serviços ou no comércio ou na indústria ou em órgãos governamentais. Isto faz com que o fluxo de veículos na nossa Rodovia Estadual SP-310, denominada Washington Luiz, compartilhe, além de sua função de rodovia, ao exercer, também, uma função de avenida urbana, entre os km 453 e 430, da citada rodovia. Esse fluxo de veículos tem ainda um acréscimo maior, entre os km 442 (entrada para o Aeroporto de São José do Rio Preto), e o km 436, quando, então, além do acréscimo do número de usuários das cidades satélites, no entorno de São José do Rio Preto, há a utilização, deste trecho da rodovia, pelos moradores de São José do Rio Preto. Isto é causado devido a descontinuidade, ou interrupção, de trechos das marginais à SP-310, obrigando, a essas pessoas a utilizarem normalmente a rodovia para suas atividades quotidianas, em geral.
Poderíamos citar como exemplo desta polaridade em torno de centros urbanos, ou de co-urbanização, soluções em vias expressas, e, elevadas, como nos casos das cidades satélites em torno de Los Angeles, e de Dallas-Forth Worth, ambas nos Estados Unidos, mas que pelos montantes dos investimentos, tornam-se inviáveis para nossa situação. Entretanto, temos exemplos domésticos, como os contornos de Campinas, pelas Rodovias Anhanguera (SP-330), Bandeirantes (SP-348), D. Pedro I(SP-065), e mais a ligação Anhanguera-D. Pedro I, e o da cidade Ribeirão Preto, que possui um anel viário e rodovias de contorno. Todas essas soluções visam não congestionar os trechos urbanos das rodovias, dando oportunidades para que os usuários das mesmas, tenham opções e segurança para seus destinos. No nosso caso, não temos opções: nós habitantes de toda esta região do Noroeste Paulista, temos somente a opção do Rodovia Washington Luiz, para nos dirigirmos às cidades situada após São José do Rio preto, e, ou, à capital do Estado, que em determinados horários, estão sobrecarregadas pelo trânsito local, da importante cidade de São José do Rio Preto. Tanto é verdade, que para resolver um dos problemas mais graves do trânsito local, está sendo construída uma alça de maiores dimensões na entrada da Avenida Alberto Andaló, (km 440), para receber o fluxo local que vem da BR-153 (km 436), e, quilômetros anteriores da Washinton Luiz, cujas marginais, como já dissemos, não tem continuidade, e sim interrupção, e os veículos são obrigados a utilizar a SP-310.
Solução? Existe, tem que ser projetada agora, para ser viabilizada e construída nos próximos anos, uma rodovia de contorno de São José do Rio Preto, entre os km 430 e 450. Os usuários da Washington Luiz, podem observar, que no sentido interior-capital, após ultrapassarem o km 430, o movimento da SP-310 diminui sensivelmente, pois não há mais interferência do trânsito local da cidade de São José do Rio Preto.
É esperar para ver, senão teremos que marcar hora para nos dirigirmos a São Paulo.
*Jesus Silva Melo é engenheiro