Apesar da boa intenção da presidente Dilma Rousseff, no sentido de que as contas de energia elétrica tenham uma redução de 16 a 20%, e que iria favorecer o orçamento de milhões de brasileiros, a reação dos dirigentes das hidrelétricas foi instantânea, como era de se esperar.
Referidas hidrelétricas, que se recusam a aceitar a proposta do governo do poder central se fundamentam em prejuízos de grande monta, especialmente, no tocante às perdas de receitas com tarifas, iriam inviabilizar a condução normal da prestação de serviços com o fornecimento de energia elétrica a todo o país.
Outro ponto de vista dessas hidrelétricas se concentra em um prejuízo para os Estados e 5,5 bilhões, que deixariam de ser arrecadados em favor do ICMS, e eles, por sua vez, iriam sofrer com este impacto, que são os compromissos perante o funcionalismo de todos os níveis, professores e outras obrigações perante os municípios, todos que têm direito a uma aliquota deste tributo estadual.
Com esta medida proposta pelo governo as perdas atingiriam o patamar de 8 bilhões às elétricas, portanto, as quatro estatais de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina, rejeitaram a proposta governamental.
Independente de quaisquer motivos, a influência do poder econômico sempre se tornou um empecilho, impedindo as boas iniciativas do governo e não será dessa vez que irá ceder espaço às intenções do planalto, visando alguma fórmula de não sobrecarregar os consumidores de energia elétrica, mas a luta continua neste intento, pelo menos é o que declarou a presidente Dilma Rousseff.
*Alessio Canonice - Ibirá - SP