Não é nada fácil para muitos fazer alguma ação em prol do coletivo. Os obstáculos são, sempre, grandes e complicados. Portanto, valorize sempre todos aqueles que nas mais variadas instituições se esforçam para ajudar quem se utiliza do oferecido. Cito como poucos exemplos: as Apaes, Casas de Crianças, Asilos de Velhinhos, Centros de Recuperação de Dependentes Químicos, etc.
O caso que o articulista está mais envolvido é o da Santa Casa. Uma luta de décadas, enfrentada por tantos e, sabem-se lá as agruras que alguns dirigentes não passaram por ali. Por sinal, os atuais continuam passando. Não é fácil gerir uma porta aberta 24 horas por dia, tendo prejuízos a cada minuto. A cidade precisa desse hospital e a população necessita de atendimento. Por isso, com todas as dificuldades, todos que estão no “manche” da instituição continuarão lutando por sua melhoria e, se Deus Quiser uma tranquila continuidade. È uma luta desigual que sem duvida e, com a solidariedade da cidade, da região e com a Benção de Deus vai ser vencida.
Mas vejamos, situação como as dificuldades de nossa Santa Casa são comuns por todo o Brasil. Alguns hospitais com mais ou menos problemas financeiros, porém, todos “no fundo do poço”. Por isso mesmo um movimento iniciado em nossa região está tomando corpo por todo o Brasil. A debilidade de alguns hospitais e mesmo a falta de apoio que os mesmos sentem em suas comunidades, principalmente os políticos, os deixam na rasteira de decisões emanadas em gabinetes de pilotos de escrivaninha. Dizem os caras: falta gestão. Pergunto: Gerir o que? Falta de dinheiro, prejuízos?
No último dia 26 vários hospitais se reuniram aqui em Votuporanga e, até agora este articulista não sentiu nenhuma sensibilidade por parte dos órgãos de governo responsáveis por fazerem cumprir a constituição, colocando o dinheiro devido na saúde. Tentam esvaziar o movimento, porém, dependendo de alguns lutadores isto não acontecerá.
O conselheiro de nossa Santa Casa, Dep. Carlão Pignatari, juntamente com o Dep. Federal baiano Antonio Brito, da Frente Parlamentar da Saúde, estão encabeçando a continuidade. Estão decididos a insistir e fazer o Senhor Ministro Padilha se comprometer com uma resposta. Por isso, e se nenhum obstáculo malicioso for colocado nesse caminho, os hospitais estrão se reunindo novamente no próximo dia 14 de janeiro, agora na cidade de São Paulo.
Nós que residimos em uma região onde, mesmo com defeitos e algumas incompreensões, devemos entender que o que temos por aqui, em poucos quilômetros, não existe por todo interior da América do Sul. Temos de Votuporanga a Santa Fé, quatro AMES, Santas Casas como a nossa e as de Fernandópolis, Jales e Santa Fé. Para reforçar existe o Hospital de Base em Rio Preto. Em questão de saúde pública estamos bem, mesmo, como já disse, que nem tudo seja perfeito.
Toda a região precisa dar o maior apoio aos dirigentes de nossos hospitais, inclusive entendendo o seguinte: Apoio material e financeiro é crucial, mas apoio moral, de companheirismo e de incentivo às ações é fundamental e decisivo. Para os bem intencionados fazer isto é Fácil.
Dificil é lidar com dirigentes insensíveis. Que Deus amoleça o coração deles!
*Nasser Gorayb é comerciante e colabora com o jornal aos sábados