Se colocarmos a capacidade física, intelectual e moral do ser humano em uma linha do tempo, vamos observar que ela sofreu várias mudanças no decorrer de sua trajetória. Desde a forma rupestre até a atualidade foram vários estilos e muitos mestres que revolucionaram as formas didáticas de transformar a ciência da educação e do ensino em uma forma de orientar a aprendizagem.
Educar através de técnicas dirigidas é fazer de atos diários, uma forma de transformar a matéria oferecida pela natureza humana e sua cultura uma atividade que facilite a transmissão de conhecimento.
As pessoas quando usam seus talentos e cria sua técnica, constroem um trabalho constituído de um processo amplo onde se reúne elementos de suas experiências formando um novo significado.
Parte desse momento de criação vem da imaginação, ou seja, de como pensamos, sentimos e observamos o momento que estamos vivendo. Aumentar o volume do conhecimento está em fazer desses momentos uma atividade dinâmica e unificadora que encontre uma nova realidade com ênfase sobre as informações adquiridas com as experiências. Por isso, é muito importante quando pensamos na Arte de Educar saber valorizar a relação que deve ter o artista (professor) e o meio (aprendiz), atitude fundamental para que o crescimento da capacidade criadora aconteça. Só assim podemos manter bem equilibrado o pensamento, o sentimento e a percepção, deixando o indivíduo livre para demonstrar sua capacidade de criar através de seu potencial.
Um exemplo disso é que quando somos crianças temos uma visão diferenciada das coisas. O simples fato de aprender para a criança tem um significado diferente que para um adulto. Para ela, adquirir um novo conhecimento é uma maneira de se expressar; é como se fosse uma comunicação do pensamento. Quando nos tornamos adultos esquecemos certas coisas que influenciaram na nossa maneira de comunicarmos.
Falar de educação é falar da essência para o desenvolvimento e quando somos crianças ela faz parte da estruturação do pensamento, portanto cabe a nós como adultos, relembrar aquele ser sensível que fomos e resgatar a compreensão do nosso desenvolvimento. Só assim teremos a oportunidade de reformular nossas ideias e construir novos conceitos.
Conhecer as ferramentas certas e descobrir o construtor que há em nós abre perspectivas para que tenhamos uma compreensão de mundo, no qual se é possível transformar continuamente a existência.
É preciso mudar a cada momento, ser flexível. Mas isso não implica somente no estímulo da imaginação e da criatividade, está em um novo modo de ver a vida; está em adquirir conhecimentos sobre novas culturas possibilitando a nossa compreensão de valores que estão enraizados no nosso modo de pensar e agir, isso irá criar um campo de sentidos que fortalecerá a diversidade da imaginação humana.
*Professor Alberto Martins Magalhães