Os nossos carros e veículos, em geral, são de primeiro mundo. Dirigir esses veículos, com marchas sincronizadas, freios ABS, vidros elétricos, etc., tornou-se muito mais fácil, fazendo com que muitas pessoas tenham acesso à direção dos mesmos e conquistem suas carteiras de habilitação. Mas, e a nossa educação é de primeiro mundo?
Analisemos: você pára nas faixas de pedestres para as pessoas passarem? Você, estando em movimento numa rua, pára e acena, para um veículo que está saindo de uma garagem, dando-lhe passagem e permitindo a sua saída? Você respeita as placas próximas às regiões dos hospitais que dizem: “devagar” e “não buzine”, ou nunca reparou que elas existem? Você ultrapassa em cruzamentos, colocando em risco o seu veículo, aquele que ultrapassou, e, ou, os transeuntes?
Pois, qualquer desses dados acima se não for obedecido, você não está na educação de primeiro mundo e, portanto, está em desacordo com a tecnologia avançada que está a seu dispor. Ainda você não leva em consideração os fatos mais importantes: a sua vida e das demais pessoas.
Isto posto, analisemos agora fatos de nosso trânsito.
Tivemos na gestão do Eng. Marcelo Marin Zeitune um primeiro projeto de engenharia de trânsito que foi a criação dos eixos binários, para tentar substituir a inexistência de vias em mãos duplas, ou avenidas, que cruzam a nossa cidade. Foi um projeto que conseguiu o seu intento, mas com o crescimento espantoso do número de veículos, principalmente de motos, necessita de complementações urgentes.
Primeiramente temos que aprimorar a sinalização, com manutenção constante e cuidados especiais nas esquinas, pois as nossas vias e calçadas são estreitas, dificultando a visibilidade nos cruzamentos das ruas. Em segundo lugar, como ação imediata, salienta-se mais um ponto principal de toda a grande preocupação com nosso trânsito, porém, mais complexa: a eficácia da fiscalização. Os agentes de trânsito, ou o policiamento, tem que ser mais rigorosos e orientadores. Vemos a todo instante situações de perigo, tráfego parado, veículos em velocidade incompatível com os locais, etc., e notamos que não existe nas proximidades quaisquer tipo de atuação dos agentes de trânsito. Estes teriam que ser em número suficiente, principalmente nas esquinas de maior tráfego, para orientar e coibir abusos, que acontecem por que não temos aquilo que é mais essencial: a responsabilidade e o respeito que nos nivelem no mesmo patamar que a tecnologia de primeiro mundo que nos é oferecida.
Continuando, precisamos de um macro projeto para o nosso sistema viário, visando desafogar o trânsito pelo centro e ruas principais, projeto esse que iniciaria por um estudo de toda a cidade, com ações para médio prazo. Dentro desse projeto, salientaria a continuação da Avenida Antônio Augusto Paes até a rotatória da estrada vicinal para Álvares Florence/Estrada do Horto, marginais, vias perimetrais. E, também, um grande anel viário, interligando as rodovias.
Vamos pensar, refletir e debater para a realização dos projetos, das ações e das obras que necessitamos: as nossas vidas e de nossos semelhantes são de grande importância e valia para nossa cidade.
*Jesus Siva Melo é engenheiro