Peço desculpas sim, ao caro leitor, pelo desabafo da minha pessoa neste ínclito espaço jornalístico, mas não posso deixar de expressar meu descontentamento e o meu sofrimento nestes dias de Carnaval, ocorrido na nossa cidade.
Como autoridade constituída pelo Estado, com o escopo de dar segurança aos cidadãos, fico pasmo e ao mesmo tempo perdido, com as situações que acontecem nesses dias em que se festeja a vontade da carne.
Jovens totalmente embriagados, drogados e pelados perambulando pela nossa cidade como se fosse uma cidade sem dono, tudo isto, promovido pela vontade de uma minoria que age, como se fossem os donos do município, não se importando com as pessoas de bem, que passam estes dias, praticamente sem dormir, provocado pelo barulho ensurdecedor, oriundo do Centro dos Trabalhadores.
Após o término desta “bagunça”, ainda continuo sendo “torturado” ao me deparar com pessoas que vem enaltecer o Carnaval, tentando se promoverem usando da alegação de “que as divisas”, percebidas na nossa cidade, contribuem para o enriquecimento da mesma; “quanta estultíce”!
Falo e desabafo, como conhecedor de causa, pois nos dias de Carnaval, fui procurado por vários cidadãos desesperados para que resolvesse o problema quanto ao vandalismo e o som, alegando que não conseguem o sossego e tranquilidade do descanso noturno.
Será que as divisas percebidas pela cidade são mais importantes do que a paz do cidadão?
Quero deixar claro, que o meu repúdio não é contra o Carnaval, mas sim do local onde ele acontece.
Assim como foi adquirida uma área para o recinto de exposição, porque não pensar em adquirir uma outra área que não seja dentro da nossa cidade, pois assim ficariam mais a vontade para andarem pelados, consumirem drogas e bebidas, bem parecido com Sodoma e Gomorra.
*Gilberto Jesus Marcelino de Freitas é Delegado de Polícia