Quando observamos a atitude dos governantes, nunca sabemos o que de verdade existe por trás de um projeto político eleitoreiro e é exatamente o que acontece com o Estado de São Paulo. As chamadas escolas de Período Integral que teoricamente seriam uma solução para atender e melhorar a qualidade da Escola Pública trata-se de mais uma ação político eleitoreira e sem fundamento. No Brasil vivemos de modismo e a arte de enganar faz parte do perfil do político brasileiro que sempre aplicam em cima do povo que os elegem. Desde, de 1992, o governo do Estado de São Paulo, cujo o partido é o PSDB, defende a participação mínima do Estado mas esqueceram que Educação , Saúde e Segurança é de responsabilidade do governo que recebe legitimamente nossos impostos e não estão lá para defenderem seus interesses pessoais.No Estado de São Paulo não temos um processo pedagógico legitimo que atenda aos anseios do profissionais e sociedade constituída, sociedade esta que vive enganada. Em relação as ETIs , trata-se de mais uma demagogia em tempos eleitoreiros , é inconcebível que o governo não abra um canal com os profissionais e movimentos sindicais para dialogar e não prime pela verdade em relação a sociedade.Quando você encaixota os alunos em um espaço pequeno, começam a aparecer vários problemas de conflitos existenciais e de ordem disciplinar não conseguindo haver um dialogo interativo entre docentes e alunos, relação esta conflituosa devido as várias práticas legislativas e educacionais. Não há interesse por parte dos governantes para resolverem a questão Educacional. Fico extremamente entristecido quando um empresário votuporanguense defenda a escola de período integral sem saber que há por detrás desde projeto, esta questão está na Lei de Diretrizes e Bases da Educação e vem dos chamados CIEPS do Brisola e Darcy Ribeiro, até nenhuma dúvida sobre a legitimidade da Lei. Acontece que o governo do Estado de São Paulo está rasgando a Constituição há muito tempo com uma Lei 500 que regia a contratação dos professores, neste item houve um acordo Judiciário, Governo e Sindicatos para que não se cumprisse a Constituição porque os professores temporários depois da Constituição de 1988 só poderiam ser contratados em duas situações por um período no máximo de 2 anos em caráter emergencial através da CLT ou através de concursos, sindicatos e outros defenderam o Concurso Público como forma de preencher os cargos mas tudo isto virou um fubá, se a questão é Constitucional como que o governo pode desrespeitar a Lei colocando os professores fora da Escola pela qual passaram por uma avaliação para exercer suas funções e agora transforma a Escola e ETI e coloca o professor a disposição para virar um projeto dos amigos do Rei e nem sempre os amigos do rei fazem o trabalho com legitimidade e competência.Não Bastando esta situação de desrespeito do direitos trabalhistas que está explicito na Constituição , o espaço físico das Escolas não oferecem condições para o desenvolvimento total dos alunos, quadras acanhadas, salas de retroprojetores que nunca funcionam e uma pequena quadra, ainda se não bastasse os alunos tem dia que comem arroz com salsicha ou um macarrão mixo, vejo neste projeto um falso paternalismo , uma falta de respeito ao aluno e ao pai do aluno que acha que o filho fechado numa escola vai solucionar todos os seus problemas. Temos que erradicar a pobreza , temos sim mas não desta forma.Escola de tempo integral necessita no mínimo de um hectare, com pelo menos um campo de futebol, quadras, anfiteatro e outros apetrechos necessários ao desenvolvimento do aluno , vamos discutir através da Câmara Municipal , das comunidades religiosas, enfim da sociedade constituída.
*João Carlos Ribeiro é sindicalista e Professor da Escola Pública há 2