Ao longo dos anos temos observado o comportamento dos partidos, entidades sindicais e outros e a grande dificuldade de conviver com a democracia. Saímos de uma ditadura militar e entramos numa ditadura econômica e um grande empreendimento fisiológico que paira em todos os setores da sociedade. O grande malefício do fisiologismo é ofuscação da liderança e das inteligências porque pensar neste país faz muito mal para muitas pessoas. Enquanto os partidos políticos e sindicatos não agirem com ideologia continuaremos neste esgarçamento social sem precedentes e nenhuma solução a vista. O grande problema muitas vezes é algumas pessoas acharem que são Deuses e capazes de resolverem todos os problemas, competência e talento não se constrói nasce conosco, mas precisamos ter o discernimento para não sermos os bobos da corte. A sucessão de fatos que vão acontecendo vão nos enojando e fico muito estarrecido quando as pessoas subestimam as inteligências alheias. Nós (os Funcionários Públicos) ficamos a mercê de disputas políticas eleitoreiras, têm pessoas que são eternas candidatas a alguma coisa e nunca chega a lugar nenhum. Na política além de ideologia fazem-se necessária sensibilidade, inteligência e capacidade. O que vemos no País é muita gente brincar de representar, nunca pensam na coletividade. A arte da política está em beneficiar os anseios sociais, infelizmente não temos nenhum partido no Brasil que não seja fisiológico, como diz uma música do Cazuza “Nossos heróis morreram todos”. Enquanto trabalhador da Educação está muito decepcionado com os diversos seguimentos sejam políticos ou sindicais. Nosso grande inimigo mora muito perto de nós, enquanto não pensarmos da mesma forma que os nossos governantes como agem conosco, iremos naufragar num barco que está à deriva. Os funcionários públicos estão sendo os grandes vilões deste marasmo e falta de competência para nos defendermos em todas as esferas. Consciência não se faz da noite para o dia, faz-se com competência e discernimento do verdadeiro papel nosso dentro da estrutura social.
*João Carlos Ribeiro é professor e trabalhador da Escola Pública há 24 anos