Quando analisamos a situação de esgarçamento social a que nos submetemos, não encontramos saída para resolver as graves questões sociais presente no “Mundo contemporâneo”. Percebemos que as tecnologias se desenvolveram a passos assustadores; porém, o bicho homem encontra-se cada vez mais selvagem e grotesco, agindo como animal selvagem nesta selva devastadora da vida e da dignidade de cidadão. Quando falamos em esgarçamento social , nos referimos à família destruída , a falência da educação, desrespeito aos direitos individuais, falta de religiosidade , valorização do Deus dinheiro e principalmente a degradação dos valores morais, éticos e sociais.Toda esta situação que está presente na esfera social ,estoura no ambiente escolar levando ao profissionais da educação a uma situação de medo e terror diante de um quadro em que nos sentimos impotentes e com sensação de incompetência e inapetência para resolvê-los, isto é o que teoricamente pensam alguns pedagogos de plantão e até mesmo a sociedade que tenta culpar os profissionais da educação por toda esta situação a que estamos submetidos. Até entendemos que a educação é a base de transformação para a sociedade, mas só que educação começa na estrutura familiar , competindo aos profissionais educacionais o papel de instruir e mediar a cultura. Tudo muito bonito no papel; aí,quando nos deparamos nas escolas: a questão da inclusão do aluno que se tornou uma desinclusão, progressão automática confundida com progressão continuada, alunos com defasagem de aprendizado e sem vontade de mudar porque a televisão e outros veículos são mais interessantes que a sala de aula, convivendo ainda com giz e lousa e a força de vontade dos professores. “Muita gente”, pergunta: mas vocês têm internet, sala de multimeios, livros didáticos, apostilas, bibliotecas e outros instrumentos mais”, todos estes arsenais não são suficientes para chamar a atenção dos alunos que têm outros objetivos e metas para as suas vidas, contam ainda com a pouca participação dos pais que são obrigados a correrem em busca de comida e sobrevivência com salários baixos e insuficientes para todas as despesas necessárias, toda esta situação leva a um índice muito alto de alcoolismo presente em grande parte das famílias brasileiras, falta de tempo para o diálogo com os filhos, ausência de religiosidade, ficando essas crianças a mercê dos pânicos da vida, zorras, internet e outras porcarias que deseducam , achando esses pré-adolescentes e adolescentes que são onipotente e onipresente. Esquecendo-se que são de carne e ossos e que a vida é feita de bons e maus momentos e que muitas vezes temos que ter maturidade para enfrentarmos os desafios que a vida nos oferece. Muitos tem discutido uma forma de resolver todas estas questões mas não resolveremos num toque de mágica e sim com uma mudança substancial no conjunto da sociedade,não precisa de muitas leis; apenas força de vontade e discussão na questão da ética e o respeito aos direitos individuais e coletivos. Não podemos conviver com essa situação de medo e terror , não sabendo se estaremos vivos ou não , agora , amanhã ou depois. O direito a vida , a dignidade, um não a violência e as drogas, devem fazer parte do nosso grito de independência e principalmente o de vivermos livremente ,sem amarras políticas , sem roubos e acima de tudo tendo os nossos direitos constituídos respeitados.
*João Carlos Ribeiro é professor