Por mais de meio século, com pequenas exceções, o trânsito de nossa cidade fluiu com ruas preferenciais no sentido norte sul. Poucos anos atrás, um ou alguns iluminados entenderam que era necessário criar corredores de trânsito rápido no sentido leste–oeste e para tal fim, privilegiou-se algumas vias (ruas Rio de Janeiro, Américas, Paraíba, Tocantins, Tibagi, etc.) em detrimento das tradicionais ruas Amazonas, Pernambuco, São Paulo, Bahia e Sergipe. O que se seguiu foi uma onda de acidentes de trânsito nunca vista na cidade, trazendo sérios prejuízos financeiros aos envolvidos e por vezes com vitimas graves e algumas fatais, dentre elas a de um companheiro de Corporação a qual servi.
Pouco tempo após veio a “revitalização da rua Amazonas”, que à época classifiquei como uma obra para deixar a rua bonita, “bonitinha apenas”, mas que de utilidade pouco ou nada acrescentou ao caótico trânsito. Também é injusto afirmar que não serviu para nada, pois forçosa e paulatinamente está descentralizando a zona comercial, pois à exceção das pessoas que obrigatoriamente orbitam naquela região, as demais evitam adentrar naquele funil. Essa retrospectiva é para lembrar aos leitores, de que em ambas as alterações de trânsito, foram suprimidas muitas, mas muitas vagas de estacionamento.
A rua Amazonas, em minha modesta opinião, continuará bonitinha e bem estreitinha, na contramão do mundo. No entanto, a maior prova de que nas demais ruas não se atingiram os objetivos propostos de fluxo rápido, com a colocação de “trocentos” semáforos, parta evitar acidentes, bastaria permitir a volta de estacionamento de ambos os lados, de onde se obteria um número muito, mas muito superior ao alardeado estacionamento “Tatuzão”. O que para a comunidade seria bem melhor, pois as vagas que voltariam, estariam distribuídas por todo entorno central e não apenas na Praça da Matriz. E, importantíssimo para o povo, pois o custo seria zero. Pena que esta é apenas a minha opinião, resta saber se para outros setores essa proposta seria interessante. Quem tirou as vagas que as devolva, sem onerar o bolso do cidadão.
*José Lucio Brianti