O que é a vida? Como conduzir nossa vida e superar os sofrimentos inerentes à condição humana? Essas questões devem ser o foco da Humanidade. Os fatores ocultos do tempo estão fluindo nesse sentido a medida que nos movemos implacavelmente na direção do futuro. Quem são as pessoas merecedoras de verdadeiro louvor? Serão os poderosos? Os famosos? Ou ainda os que ostentam alta posição, títulos, riqueza? A resposta é um categórico “não”. Os mais louváveis são aqueles que dedicam à felicidade e ao bem estar dos outros, que fazem nobres ações e que compreendem a importância de estarem preparados para a morte – estes desfrutam uma vida insuperável. São as pessoas mais afortunadas do mundo. De acordo com o filósofo chinês Laotsu (Laozi): “Aquele que conhece o outro é uma pessoa bem informada, aquele que conhece a si próprio é iluminado. Aquele que vence o outro é forte, o que vence a si mesmo é poderoso. Mas aquele que no momento de sua morte, sabe que é indestrutível, este é eterno”. Nós realizamos nossa jornada no caminho da vida eterna. Tudo passa e todos passaremos. À medida que dedicamos incansáveis esforços em favor do bem comum transformamos nossa vida, envolta pelos sofrimentos de nascimento, envelhecimento, doença e morte em uma vida de alegria, imbuída de nobres virtudes de eternidade, de felicidade e pureza de consciência. Estes quatro aspectos da vida adornam a torre de nossa própria vida e tem fragrância das virtudes da eternidade. Nenhum sistema político, religioso ou econômico pode fornecer uma solução fundamental para esses problemas inatos à existência humana. Se o ser humano não empreender uma luta para solucionar estas questões essenciais, não desfrutará de felicidade verdadeira. Só dessa forma construiremos uma civilização também feliz para nossos filhos, netos, bisnetos. Basta olharmos as páginas da história para percebermos que as sociedades corruptas em que a mentira e a falsidade prevalecem e a justiça é desprezada, inevitavelmente, caem na ruína. Devemos enfrentar a maldade, pois, se não a reprimirmos acabaremos por nos tornar parte dela. A atitude de permanecer passivo diante da injustiça é a mesma coisa que concordar silenciosamente com ela. O silêncio e a passividade permitem que o mal triunfe. Permaneçamos fiéis às nossas convicções. É uma tolice nos preocuparmos com a aparência e as opiniões alheias ou lamentarmos que ninguém nos apoia ou nos compreende. A autenticidade é um direito de cada um. Ela nos permite ativar as forças protetoras do universo e gozarmos desde agora da alegria de viver.
*Cleide Semenzato é assistente social e colaboradora do jornal