Nesta semana que passou, a cidade Votuporanga sediou o Congresso Internacional de Educação. Perguntamos uma coisa: Quais foram o legado e exemplo que deixaram todos os debates desenvolvidos e como foi o fechamento dos vários temas e assuntos discutidos? Gostaria de saber se em termos de aplicação no dia a dia tivemos bons exemplos a serem seguidos? Quantos foram os gastos e quem foram os agentes patrocinadores do evento? Acho muito válidas as experiências nacionais e internacionais em termos de Educação, mas acima de tudo que se faça e se implante um projeto pedagógico local e Nacional; afinal de contas, temos um centro formador em nossa cidade que é a UNIFEV. No Brasil, eu vejo muitas discussões; mas pouca prática, dias destes estando numa sala de aula recebi um aluno da Universidade local para um estágio e o mesmo me perguntou: Quanto tempo o senhor trabalha no Estado? E eu respondi: Há 24 anos. Nosso professor, eu admiro o seu trabalho pensei que fosse diferente porque os professores que lecionam na Universidade falam tão mal da Escola Pública e dos professores. Bom para começo de assunto se os professores das Escolas Públicas são maus, quem foram os formadores? Não fazendo uma crítica a Universidade local, mas a universidade de um modo geral, elas não têm uma preocupação de aproximação com a realidade, há um distanciamento dos cursos universitários no Brasil com a praticidade. Fazem uma pesquisa sempre em cima do professor e não em cima da sociedade e dos alunos. Temos que avançar em termos tecnológicos e científicos, buscar na base, no cotidiano, nas dificuldades encontradas no exercício do magistério, buscar soluções científicas e técnicas para equacionar a defasagem no ensino-aprendizagem. Vejo professores que atuavam no Estado fazendo uma crítica terrível, achando que município é a quinta maravilha do mundo, não é não. A valorização dos profissionais da educação se faz com salários e competência. Outro assunto, nesta semana, vi uma entrevista do senhor dirigente de Ensino defendendo a Escola de tempo integral, trabalhei e trabalho em escola de tempo integral, é uma judiação que se faz com o aluno, depois do almoço a produção é quase zero, se de um lado você tira a criança das ruas por outro lado você desenvolve a aversão pela escola. Esta criança passa maior parte do tempo dentro da Escola, quando você assiste a um filme americano observe bem , cada aluno tem o seu armário, seu produtos de higiene pessoal, tem privacidade. Será que neste modelo de escola implantado no Estado ele terá privacidade? Como será o seu aprendizado? Parem de se enganar e querer enganar a população. A ideia defendida é excluir o professor do processo, jogar a responsabilidade do fracasso escolar em cima do professor, quebrar a estabilidade profissional porque é mais fácil coagir o profissional com ameaças de demissão. O Estado está na contramão, basta observar as multinacionais, elas estão partindo para valorização dos profissionais, enquanto o Estado defende a mínima participação, já o Estado, não está preocupado com a melhoria e qualificação da educação. Fechando o assunto abordado no começo, antes de fazermos um Congresso Internacional de Educação, vamos fazer uma revolução pedagógica no município e na região. Uma pesquisa científica e aplicada não faz mal para ninguém, pelo contrário vai fortalecer ainda mais o nosso Centro Universitário. A Educação somente avançará no dia em que deixar de ser um problema político e for tratada como educação. A educação é uma questão social, equacionem-se as questões das pressões sociais e educação por si caminhará como meio de iluminação, esclarecendo e retirando o povo da ignorância!
*Professor João Carlos Ribeiro