Por Alessio Canonice - Ibirá-SP. alessio.canonice@bol.com.br
Os manifestos que vêm sendo realizados ao longo desses últimos dias por todo o território Nacional, cobrando o fim da corrupção, tudo indica que passaram a colher os primeiros frutos.
Os poderes Legislativo e Executivo, alvos principais dos protestos, têm se movimentado. Se por um lado ainda não atingiram o ritmo aguardado, por outro, já nascem propostas, para que reduzam as demandas com o dinheiro público, especialmente, os enormes gastos já efetuados com a reforma dos estádios, para a realização da copa de 2.014, um dos alvos principais do manifesto popular.
Porém, é preciso muito mais e os reflexos não estão sendo contabilizados apenas para os dias atuais, acrescentando o fato de que já se apresenta em cenário futuro como as eleições de 2.014.
Quem tem sofrido mais é a presidenta Dilma Rousseff, visto que números do Datatolha divulgados neste final de semana que se findou mostram que Dilma então com complo favoritismo para a reeleição, teria sérias dificuldades, além de não vencer no primeiro turno. No caso, seu principal concorrente não estaria no PSDB e muito menos na sugerida candidatura do ministro Joaquim Barbosa.
O obstáculo na reeleição da presidenta da República nasce em Marina Silva. Dilma teria hoje 30% das intenções de voto contra 23 de Marina, isso em cenário em que 24% apontam não terem candidato ou votariam em branco ou nulo e, como consequência, pode ficar ainda pior, se os aliados de Dilma não encontrarem sinais para reverter o quadro.
Renasceria, assim, o fantasma de Lula. Isso mesmo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva parece ter obtido escudo contra os protestos, sendo que o apoio a Lula resiste forte nas classes fragilizadas economicamente.