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Artigo
Do outro lado da janela
*Professor Manuel Ruiz Filho; manuel-ruiz@uol.com.br
As pessoas só conseguem enxergar as coisas obedecendo a sua ótica de visão, respeitando seus próprios interesses. Acho isso próprio do ser humano. Mas não deveria ser tão somente assim. É muito importante saber entender também a forma que os outros enxergam. De agora em diante passe a observar melhor seu próprio jeito. Não te parece que o mundo sorri apenas para você? Não tem a impressão que os que te cercam sempre são possuidores de meia verdade? A tua te aparenta mais lógica. Não te parece que a plena verdade é um privilégio só seu? Pois bem, se você pensa dessa forma trate de pensar em mudanças. Todos têm razão no que falam, basta que entendamos a sua realidade. Muitas vezes as pessoas blasfemam e nós as julgamos fora dos parâmetros, nunca sentimos a justa dimensão de seus problemas. É preciso aprender a respeitar o ponto de vista dos outros, a verdade não é propriedade somente nossa. Certa ocasião li um texto bastante reflexivo que sintetizava exatamente o respeito que é preciso ter pelo ponto de vista dos outros. Uma jovem senhorita comentava num depoimento de estudos em grupo, entre pessoas da mesma idade, quando faziam reflexões sobre a forma que cada um vivia seu mundo. Dizia ela que tinha um relacionamento muito difícil com seu pai. Pouquíssimas vezes conversavam dadas as desnecessárias discordâncias que tinham. Um belo dia surgiu uma feliz oportunidade de viajarem juntos de carro e ela imaginou que seria essa uma ótima ocasião e um bom momento de ficar mais próxima de seu pai. Durante a trajetória da viagem, seu pai, que dirigia o veículo, comentou sobre a sujeira e degradação de um pequeno riacho que paralelamente acompanhava a estrada dos dois lados. A jovem, na ânsia de concordar com seu velho pai, olhou para o córrego a seu lado e viu águas cristalinas, verdadeiro cenário para uma linda paisagem no quadro. Naquele momento teve a absoluta certeza de que ela e o pai não tinham as mesmas aptidões para enxergar a vida. Sem atropelar o silêncio seguiram viagem sem mais uma única troca de palavras. Alguns anos depois a jovem já com as marcas do tempo no rosto repetiu aquela viagem, mas desta vez acompanhada de uma das maiores amigas, dessas que se tem o privilégio de escolher na vida. Estando agora ao volante, surpreendeu-se ao observar que do lado de quem dirigia, o riacho era realmente horrendo e poluído. Exatamente como seu pai lhe havia comentado, contrariando o belo córrego do lado direito de quem ocupa o assento do acompanhante. Uma tristeza profunda lhe abateu sobre seu peito por ela não ter levado em consideração o comentário do seu progenitor que a esta altura já não mais pertencia do seu convívio. Parece inacreditável, mas é isso que acontece todos os dias. Só sentimos e só temos olhos para o que mostra a nossa janela, nunca a janela do outro. O que vemos é o que tem valia, não importa que alguém bem próximo esteja vendo coisa diferente. A mesma estrada, para uns é infinita, para outros, termina logo ali. Para uns, o pedágio sai caro, para outros nem se lembra do que pagou. Grande parte dos brasileiros acredita que o país melhorou, enquanto que a outra perdeu totalmente a esperança. Muitos aplaudem a tecnologia como um fator de evolução, outros lamentam que a distância entre as pessoas a cada dia é mais fria e mais distante. Alguns enxergam nossa cultura parada no tempo, enquanto outros aplaudem uma diversidade absoluta. Cada um gruda o nariz para o lado que olha e só enxerga sua própria paisagem. É preciso observar sempre que possível o ângulo de visão do vizinho, embora isso possa nos confundir um pouco sobre as nossas certezas, mas nos faz refletir melhor. Nem sempre a verdade caminha conosco. Dependendo de onde estejamos a razão pode estar do nosso lado, mas poderá deixar de ser nossa assim que trocarmos de lugar. A ninguém foi dada a possibilidade de ver ao mesmo tempo e sozinho os 360 graus da vida. A sabedoria recomenda sempre que é preciso ouvir primeiro para depois falar. Sejamos menos prepotentes nas nossas falas e atitudes. Todos estarão certos e todos estarão errados dependendo de onde se esteja e com quais olhos se analisa. É preciso olhar sempre pelos dois lados da janela.
Notícia publicada no site: www.acidadevotuporanga.com.br
Endereço da notícia: www.acidadevotuporanga.com.br/artigo/2014/05/do-outro-lado-da-janela-n19921
Edna Maria, em 06/05/2014 às 07:24 diz:
Achei esse artigo excelente, serviu para mim pois eu tinha passado por uma pequena discussão com meu irmão e isso fez rever o meu conceito o jeito de olhar para outra janela Obrigado!
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