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Artigo
A beleza invisível
*Manuel Ruiz Filho é professor - manuel-ruiz@uol.com.br
Todo mundo sabe que a distância que separa o neto do avô é curta. Muito pequena mesmo. Um lapso de tempo apenas. É verdade que as marcas são indiscutíveis na coloração da pele de um e de outro. São visíveis as rugas e as marcas do tempo na pele do avô. O viver deixa marcas na alma e no rosto. José Saramago dizia que, entre um e outro: “as viagens sucedem-se e acumulam-se como as gerações”. Ainda questiona o escritor para que você reflita: “Entre o neto que foste e o avô que serás, que pai terás sido?” A coisa única e comum entre eles é a vida mesmo, onde pais, filhos e netos fazem de tudo. Cada um diluindo o destino com seus próprios passos em busca da perfeição que parece não ter endereço. A vida é um sopro. Um momento ímpar e mágico. Gerações aqui vieram e gerações ainda virão! Tudo começa nos trinta primeiros minutos de vida com o primeiro beijo da mãe, depois do pai, depois do avô. Há quem garanta que o amor de mãe é que mantém o mundo em equilíbrio. Verdade ou poesia? Está mais para verdade. São pequeninos os gestos e delicados os instantes que coroam nosso tempo de beleza e ternura. A viagem continua nos veículos da eternidade por breves momentos. Passeamos a todo instante observando que uma única chave vai abrindo as portas no grande mistério da vida. Cada paisagem é melhor observada quando a enxergamos com olhos de dentro. Cada fato é um enigma surpreendente. A alma fotografa tudo. Não vemos o que enxergamos, vemos o que somos. Cada um é fruto de sua própria essência. Cultivamos em cada momento a magia e o encantamento de estar neste mundo. Tudo parece uma continuação do berço que nos puseram dormir pela primeira vez. Nossa existência terrena muito parece a infância da eternidade. É uma oportunidade única o tempo que habita entre o avô e o neto. Felizes os que sabem aproveitar com sabedoria a aventura do existir. No Reino Unido, uma menina de 13 anos morreu após complicações de uma maligna doença,não diagnosticada pela medicina.No bolso do velho paletó, pendurando no quarto dos fundos da casa onde morava sozinho o avô, foi encontrado por ele um bilhete escrito pela neta, dizendo: “Vovô, cada dia é especial, então aproveite ao máximo. Você pode descobrir que tem uma doença letal amanhã, então aproveite cada dia. A vida só é ruim se você a torna ruim. A felicidade depende apenas de nós mesmos, vovô. Talvez a vida não tenha um final feliz, mas em toda a história, a felicidade é uma direção, não é um destino. Obrigado por ter sido o meu avô”. A mãe da menina afirma que a filha adorava muito o avô, gostava de escrever e era muito otimista. “Ler suas palavras nos faz sentir como se ela ainda estivesse aqui entre nós, porque tinha um espírito incrível.”Na última frase do bilhete escreveu a pequena: “Não é necessário chorar, porque eu sei que vocês sempre estarão ao meu lado”.Feliz daquele que é capaz de enxergar que mesmo no invisível das coisas os corações pulsam.
Notícia publicada no site: www.acidadevotuporanga.com.br
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