*Alessio Canonice - Ibirá-SP. alessio.canonice@bol.com.br
Com todo respeito ao direito de greve, porém, nos últimos anos, greves em universidades se tornaram rotina de tal forma, que já não se constituem em novidade para ninguém, um fato que é considerado absolutamente normal, onde algumas atividades de repente são paralisadas por tempo indeterminado.
Não se pode admitir, entretanto, certos movimentos, mormente esses que vêm ocorrendo em universidades públicas, mantidas por meio de arrecadação, cujo erário acaba recaindo no bolso do contribuinte, valendo-se acrescentar nesta oportunidade que, em se tratando de um bem público, não significa que não tenha dono e a falta de respeito fica mais que evidenciado neste campo a que estamos nos referindo.
Conforme noticiários da mídia, três universidades paulistas, a USP, Unicamp e Unesp enfrentam mais um longo movimento de protesto de seus servidores e os sindicatos da classe deveriam se sensibilizar, diante dos dissabores que sofrem os alunos.
Desanimados por falta de estrutura para trabalhar e pelas perdas salariais, que se acumulam há algum tempo,os profissionais têm vários motivos para exercer o direito de greve, mas de uma forma criteriosa e dentro dos bons princípios, sem prejuízo de quem necessita frequentar as aulas assiduamente.
Por esta razão, esse direito pode acarretar prejuízo para os estudantes e para a sociedade, que ajuda a manter esses estudantes, ressaltando-se que os alunos se dedicaram para conquistar um lugarzinho ao Sol, com o sonho de galgarem uma posição de destaque perante a própria sociedade.
Agora, entretanto, enfrentam a amargura da incerteza sobre o tempo de duração desses movimentos e que contribuem de uma forma decisiva para interrupção generalizada da greve.
Que prevaleça o bom senso para negociação salarial e que seja colocado em prática o mais breve possível, para o bem da educação de um modo geral, razão pela qual esses estudantes poderão ser no futuro os próximos governantes em níveis estadual e federal.
Em se tratando de outras greves, o mais sacrificado de toda esta história é o povo, aquele que tem necessidade premente de se dirigir ora ao banco, ora ao correio, bem como a outras repartições que compreendem o complexo da vida cotidiana de cada um de nós que dependem do funcionamento normal dessas repartições e das instituições financeiras.