*Dominique Magalhães é autora do livro “O que falta para você ser feliz”, lançamento da Editora Gente, é empresária com atuação em desenvolvimento social, mentora do “Projeto Social Dom – Qual o seu Dom?” e idealizadora do projeto audiovisual & plataformas SEM MALAS.
É curioso como dois padrões de comportamento se estabelecem na sociedade atualmente. Existem as pessoas que não se apegam a quase nada e aquelas que têm um apego exagerado aos bens materiais. Ao fazermos uma comparação dessa situação com o ato de fazer uma mala de viagem, podemos reparar que as duas atitudes têm as suas falhas e devem ser reavaliadas.
Aqueles que levam coisas demais na bagagem carregam um peso excessivo e provavelmente não terão oportunidade de usar nem metade das peças. Ao ocupar toda a bolsa, não sobra espaço para levar de volta itens novos que darão um toque diferente para a sua vida.
Já com os despreocupados, a situação é diferente, provavelmente vão se deparar com inúmeras situações em que determinado objeto ou roupa fizeram falta durante a viagem. Talvez houvesse menos surpresas desagradáveis se estivessem mais preparados para as novidades que aparecerem.
A comparação serve para que você pense. Será que há muita ou pouca bagagem em sua vida? Com o final do ano e o início de 2015 talvez seja a hora de avaliar se sua mala não anda muito cheia de ideias, pessoas, comportamentos, objetos e hábitos que pesam demais.
Esse é o momento de avaliar se você tem depositado energia em coisas que não trazem retorno positivo. Como dito antes, não há nenhum problema em levar um pouco de conforto material para a sua vida, mas será que essa é a única forma de conquistar a satisfação pessoal? Descobrir hábitos que te fazem bem e inseri-los na rotina talvez seja muito mais benéfico do que acumular bens materiais que só ocupam espaço.
Para perceber isso, comece a fazer uma lista de coisas positivas, mas que o dinheiro não compra. Depois de uma volta pela sua casa, repare naqueles objetos que você guarda, mas que não tem mais nenhuma utilidade, que você não usa há mais de um ano e o que você só mantém por dó.
Ao considerarmos além do espaço físico, faça uma análise sobre pessoas e hábitos que você tem mantido em sua vida. Repare em quais compromissos você vai apenas para agradar alguém. Quem comparece a sua casa, mas não te faz bem? Quanto tempo do seu dia é direcionado a informações que não são relevantes e apenas poluem o seu pensamento?
Fazer essas perguntas a si mesmo é o começo para perceber o que você tem carregado em excesso. Esse peso pode ser a causa da sua estagnação, aquilo que o impede de sair do lugar. Antes de começar 2015, determine aquilo que você quer carregar na bagagem. Com bom senso, faça as suas escolhas, propicie um ano mais leve e abra espaço para que as novas surpresas se acomodem.