Iniciemos esta narrativa com a observação de que desde há muito não se tem conhecimento sobre a situação em que se encontra o problema hídrico, que assola todo o país, com o fato de que na virada do século, em 2001, especialistas em recursos hídricos foram convidados por uma revista a fazer projeções sobre o futuro do Brasil, especialmente como seria a vida dos brasileiros em 2015.
Os efeitos da falta de água em queda preocupa a indústria, responsável pelo emprego de milhões de famílias, que vivem na dependência desta atividade profissional junto às indústrias espalhadas por todo o Brasil, em função da escassez da falta deste líquido precioso.
Em São Paulo, por exemplo, a população já sofre com a pressão reduzida na rede, o que muitas vezes significa conviver com a torneira seca por algumas horas. Em muitas situações, até o período de 18 horas sem a existência deste mister.
À vista desta exposição, vem o pior: pode obrigar o consumidor em breve a enfrentar um sério racionamento e ficar quatro ou até cinco dias por semana sem água.
A medida drástica tem uma razão: se a chuva não vier a contento, e o consumo não for reduzido, os reservatórios podem ficar sem água ainda no primeiro semestre e, assim sendo, a previsão mais pessimista fala em desabastecimento completo em março.
O cenário faz com que seja realizada a antecipação das férias escolares para maio, uma maneira de incentivar que as famílias deixem o Estado em que vivem para outras localidades e, dessa forma, poderá fazer com que diminua o uso desta necessidade e que compreende economizar a tão falada água.
A escassez hídrica vai mais além: deixa o preço da energia elétrica e de alimentos ainda mais caros, salvo se houver a conscientização de todos, visando, acima de tudo, economizar o líquido, usando-o somente para as necessidades prioritárias e inadiáveis.
Porém, se o problema já era conhecido há alguns anos, por que não foi evitado? A resposta é complexa, pois o uso de água de forma irregular favorece alguns e prejudica milhares de cidadãos conscientes e responsáveis, no sentido de fazer com que a população de uma cidade não sofra com o problema hídrico.
O alerta por parte de muitos especialistas no assunto em questão não foi o único: em 2009 o próprio governo paulista, com base na análise de mais de 200 mestres em assuntos desta natureza, apontava risco de desabastecimento em 2015.
Enfim, o desperdício colabora, decisivamente, para que atravessemos a situação em que nos encontramos, porém, há de se ressaltar, que muitas cidades do Estado de São Paulo continuam privilegiadas, sem a necessidade de racionamento, mas sempre é bom prevenir do que remediar.