*Prof. Manuel Ruiz Filho: manuel-ruiz@uol.com.br
“Ou ficar a Pátria livre ou morrer pelo Brasil”. Esta foi a tônica do movimento. Calmo, como nenhum outro. Todos os participantes conscientes de que é preciso mudar este país para melhor. Todos cantando a uma só voz o Hino Nacional Brasileiro. Confiantes de que se o Brasil não mudar por aqueles que o governam, nós mudaremos ele. Merecemos isso.
Morre lentamente quem se torna escravo da corrupção e dos desmandos. Morre também quem não se arrisca a mudar os rumos de uma história indecorosa e indecente. Morre lentamente quem não tem brilho nos olhos e aceita a destruição por inescrupulosos que assumem o poder de governar e governam como se a riqueza deste país fosse sua. Morre lentamente quem abandona um projeto de justiça e deixa que vândalos assumam para sempre os rumos de uma história decente e digna.
Se quem está no poder aceita e participa da corrupção e tem na sua vanguarda como substituto natural outro da mesma laia, de nada adianta trocar. E não adianta trocar seis por meia dúzia.É preciso comandar este país como os brasileiros querem e clamam. Não estou falando dos brasileiros portadores de carteirinha de bolsa-família, bolsa-desemprego, bolsa-cabresto, ou qualquer outro tipo de compra e venda de voto. Falo dos brasileiros que choram pela nação, que lutam até sua última gota de sangue porque tem seus filhos aqui. Foi com eles que no dia 15 de março, uma bela manhã de domingo eu pude caminhar junto.
Orgulhei-me disso. Nunca me imaginei ter o rosto pintado em busca de justiça. Quando me pediram para tingi-lo eu não recusei. Fiz como a maioria. Pintei. Cada gota de tinta lambuzada no rosto há de ser uma lágrima menos a chorar por este Brasil que amamos. Tivemos a coragem de pedir um Brasil melhor para todos os brasileiros.
Que os corruptos sintam vergonha pelo que fizeram e nos devolva a paz tanto almejada por nós brasileiros trabalhadores. Que esse movimento em busca de justiça seja o começo de muitos outros que com certeza virão, para mudarmos essa página perniciosa e degradante da nossa história.
Eu caminhei no movimento anticorrupção do dia 15 e fiquei muito orgulhoso quando te vi de mãos dadas com sua esposa e seus filhos. Não nos tornamos baderneiros por isso não, tornamo-nos sim, amantes de um país ávido de dias melhores. “Contemplando o teu vulto sagrado, compreendemos o nosso dever, e o Brasil, por seus filhos amado, poderoso e feliz há de ser!” Palavras de Olavo Bilac.
