Maurício Barbosa Lopes é graduado e especialista em Administração. (adm.mauriciolopes@gmail.com)
Comungo da ideia de que os Realitys Shows (esses que pessoas ficam confinadas) não são os melhores gêneros de programas, mas, também concordo que assiste quem quer. O controle remoto tá aí prá isso! Traçando um paralelo podemos compará-los as redes sociais. Alguns alegam ser um atraso, mas existe muita gente acessando.
Só não concordo com algumas aberrações, piadas homofóbicas e racistas, ofensas pessoais e xingamentos. Alguns têm muito xingamentos, mas são tolhidos pelo sonoro “piii”. A propósito, lembro-me duma nordestina que foi campeã em uma das edições de um famoso Reality Show. Era uma cabeleireira. Gritava flagrantemente “priquito”, durante suas refregas com os outros participantes. A emissora estranhamente abria mão do “piiiii”. Faltou um assessoramento, alguém que entendesse sobre os palavrões das regiões do Brasil. Para eles era somente um inocente pássaro, para nós nordestinos, muito mais que isso.
Não assisto de forma contumaz a esses perfis de programas, acho que nunca assisti uma edição por completo, todavia, acredito que alguma utilidade eles tem. Fui aluno de uma professora de Recursos Humanos que defendia ser uma importante ferramenta de estudo para psicólogos e analistas comportamentais em geral. Um aluno refutava sempre: “Quem assiste é doido”!
O certo é que podem até ser didático. Dizia um comediante americano que a televisão é muito educativa, quando alguém na sala ligava o aparelho ele ia para o quarto ler um livro.
Falando em americano tem uma expressão muito comum, proferida por críticos de televisão na terra do Tio Sam: “The Jump The Shark” (O salto no tubarão). É quando um programa de TV ultrapassa seu apogeu e começa a definhar, a cair a audiência. É uma metáfora fácil de compreender, quando se salta um tubarão a tendência é mesmo cair. No caso dos Realitys Shows não existem tubarão, parece que são várias baleias empilhadas.
Sem querer ser aforismático em demasia cito mais duas frases, acho que essa todo mundo conhece, é de um francês: “Cada povo tem o governo que merece”. E a outra, como plagiador cínico que sou, vindo dos cafundós da Lagoa Seca, digo que: cada telespectador tem a programação que merece.
Democracia é isso, liberdade para votar em quem quiser assistir o que bem entender. E viva o voto secreto! Viva o controle remoto!