Ivan Herrera Jordão
“Nós temos absoluta preocupação com o equilíbrio fiscal e cabe ao Congresso Nacional sugerir saídas”, teria dito o presidente do Senado, manifestando sua expectativa de que pauta-bomba não vai preponderar no legislativo.
Pauta-bomba = todas as que causem impacto para os cofres públicos, como a tentativa de indexar a política de reajuste de salário mínimo ao pagamento de aposentadorias.
“O Senado se empenhará em não aprovar pautas-bombas”. Teria dito Renan Calheiros, o presidente do Senado, em outro trecho, semana passada. “Caminhos alternativos devem ser sugeridos”, defendeu.
E nós, os eleitores, temos a obrigação de enviar sugestões à Câmara, ao Senado e à presidente Dilma Rousseff.
Nós aqui, começamos sugerindo que se aproveite os elefantes brancos em que se transformaram alguns estádios de futebol construídos para a Copa do Mundo, transformando-os em oficinas para a reeducação dos menores infratores, aqueles que terão a maioridade penal antecipada dos 18 para os 16 anos.
Eles não podem ser reunidos em local longe dos familiares?
Com o desemprego rondando aqui, ali e acolá, que diferença fará? Transfira-se também os familiares para municípios mais próximos, para facilitar as visitas.
Com tanto espaço, as oficinas poderiam ser também utilizadas para o desenvolvimento de habilidades como o futebol e outros esportes, além do aprendizado profissionalizante.
Caso não haja número de menores suficiente para lotar a todos os estádios ociosos, transfira-se para alguns, os presos. Trabalho não vai faltar, se houver uma sensibilização dos industriais. Dessa maneira se reduz as despesas com menores e com presos, não é mesmo? Temos que aguardar que muitas empresas voltem das férias coletivas, claro!
Esses valores economizados poderiam ser transferidos para a Previdência Social.
E, por falar nisso, como são calculados os salários dos deputados e dos senadores? E as aposentadorias dos mesmos? Eles também precisam, se mulheres, completar os 85 anos (na soma de tempo de contribuição e de trabalho prestado) e os homens, 95?
Não conseguimos entender como se chega a esses cálculos.
A redução de ministérios e o bom senso em não começar a investir em infraestrutura para terceirizar, não seria também uma boa medida? Desculpem, terceirizar não; o termo é concessão. Até que se poderia deixar os interessados investirem, fiscalizarem, cuidarem do impedimento de propinas e tudo o mais, para administrarem, depois. Até que sejam ressarcidos dos VALORES REALMENTE - comprovadamente - INVESTIDOS. Não ficaria mais barato?
O que é indexar o pagamento das aposentadorias ao salário mínimo?
Caso esteja errada nossa conclusão, corrijam-nos: as mesmas regras que aumentam o salário mínimo (dos que estão na ativa e dos que estão aposentados com esse valor), seriam aplicadas aos que obtiveram ao se aposentar, um valor maior que o salário mínimo vigente à época.
O que está acontecendo com os que recebem como benefício de aposentadoria um valor que vai se deteriorando com o passar do tempo? Voltam a trabalhar para aumentar a receita (a grana que entra em casa, para sustentar a família, mesmo), e com isso acabam tirando a oportunidade de trabalho de outros; jovens que teriam que ingressar no mercado de trabalho. Quando não, adoecem e aumentam as despesas da Saúde Pública, por falta de alimentação adequada, convênio médico, lazer e outros. Longevidade sem prazer?
Temos sim, respeitáveis legisladores, que conseguir “especialistas” em desarmar as bombas espalhadas por aí, como minas em campo de batalha, esperando um resvalo para explodir. Até quando?
Crucificar a nossa presidente? Teria ela tirado vantagem das falcatruas que ocorreram na esfera federal? Não cremos.
Ressalve-se também o prefeito de São Paulo, porque se Haddad não melhorou a capital paulista, tampouco a piorou. Haddad que evite atingir o estágio de estafa do nosso ministro Levy, atualmente com a saúde prejudicada.
Votuporanga prospera, apesar de. A Unifev prospera, apesar de. E o votuporanguense pode se dar por feliz, apesar de. Quanto ao governo Alckmin? A Saúde pode estar em coma, por aí. Nós e muitos no Estado de São Paulo, temos o Ame, com assistência em todas as áreas, inclusive na cardíaca, neurológica, oftalmológica e demais especialidades. Errado?