Alguns antepassados de minha família vieram para o Brasil em 1908. Foram para os lados da Amazônia trabalhar como mascates nos seringais e, outros, como compradores de borracha. Parece-me que ia tudo bem até que houve a grande crise da borracha. Esses aventureiros tinham idades na faixa de 15 a 18 anos e só falavam árabe. Todos, que eu saiba, após essa etapa, se tornaram comerciantes Brasil afora e se orgulhavam disto.
Pois é, nesta semana foi empossada a nova diretoria da ACV. Fico muito feliz quando isto acontece, até porque, talvez, eu seja o mais antigo dos “velhinhos” que foram presidentes ali.
A ACV representa os comerciantes locais em forma de associação e, aí está sua força. Vai quem quer. Por isso mesmo, em outras épocas da cidade, decisões tomadas na ACV eram respeitadas e, acredito, continua assim. Parabéns aos homens de negócio que hoje estão no comando da ACV, e que outros se preparem para dar continuidade em defesa dos interesses dessa classe que, sem dúvida, é uma das maiores empregadoras do país. O amigo e deputado Carlão, que foi forjado com o “umbigo no balcão”, sempre prestigiou a ACV e deve ser lembrado, sempre, como um grande companheiro e, se procurado, não vai deixar de ajudá-la.
Ao assistirmos o que ocorre pelo mundo, com países enfrentando dificuldades por falta de atividades, tanto industriais como comerciais, torna-se necessário valorizarmos todos os segmentos que possam movimentar bens e serviços e abram espaço para o trabalho profissional. Lembrar que nada cai do céu de graça, e que arroz e feijão só vão para casa com o trabalho e suor da cada um, não é desmotivar qualquer tipo de movimento que possa promover igualdades. Ensinar aos jovens que bens somente existem após alguém trabalhar para que eles sejam produzidos. A cultura do tudo de graça faz com que pessoas sofram e até passem fome. Lembremos os exemplos do mundo, tão fartos no noticiário. Ensinar aos jovens é o mínimo que os mais responsáveis possam fazer. É aqui que o tal de político populista e enganador tem de ser extirpado.
Mas, fiquemos com nossos assuntinhos locais. Alguns até podem não gostar de que certas constatações não devam vir a público.
Nossa cidade está atingindo patamar dos cem mil. Se juntarmos Valentim, Álvares e Parisi, já ultrapassamos esse número.
De agora em diante os assuntos da cidade começam se colocar de forma diferente. É muito importante cuidarmos da famosa mobilidade e, isto, enquanto é tempo. Não sou do ramo, porém, penso que uma adequação de plano diretor viria a calhar. saúde e educação sempre farão parte das prioridades. Com as novas investidas da justiça e dos tribunais de conta, os novos prefeitos deverão fazer ginástica para se ajustarem aos orçamentos. Portanto, acredita o articulista, vai acabar o tempo das improvisações e dos devaneios. Nada contra certos devaneios de administradores do passado, pois, ajudaram no desenvolvimento. Apenas, de agora em diante, mesmo devagar, o que vai valer mesmo é um bom gerenciamento, até porque esses milhares de habitantes vão exigir conforto, bem estar e tranquilidade.
Alguns, que estão trabalhando para ter uma legenda como candidato a vereador, precisam saber exatamente o que procuram ao se elegerem nesse cargo e, também, quais as prioridades do candidato a prefeito que abraçarem.
Se no passado pessoas lutaram para que a cidade ficasse grande, agora chega o momento do gerenciamento democrático e humano. Até penso que um dos lemas poderia ser: Oportunidades iguais para todos, através do trabalho, lógico.